O Secretário Municipal de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, em entrevista ao Portal da Politica MT, informou que no próximo dia 18 de novembro, as 19h, será realizada a última inauguração, concretizando 100% do Hospital Municipal de Cuiabá – HMC – Dr. Leony Palma de Carvalho, considerado a maior obra do Estado em saúde pública, com 21 mil quadrados de área construída, dentro de 7 hectares.
Possas explicou que a “menina dos olhos” o HMC, irá atender todas as especialidades médicas.
“O novo HMC já está atendendo aproximadamente 15 especialidades médicas, após a inauguração, no dia 18, iremos ampliar para mais de 20 especialidades, para se ter uma ideia, o Pronto Socorro atual, irá equivaler a 30% do HMC, 70% será um hospital de alta complexidade” explicou Possas.
Em se falando de UTI, o novo HMC tem mais de 60 leitos, desafogando a saúde de Cuiabá, com atendimento diferenciado e de qualidade, em uma gestão humanizada.
“Os leitos de UTI no HMC já estão em funcionamento, são leitos pediátricos, infantil e adulto, estamos operando 100% da capacidade, conforme cronograma que apresentamos” disse.
Perguntado sobre o atual Pronto Socorro, Possas comentou que lá, será construído um moderno hospital da família.
“No atual Pronto Socorro nós vamos construir o HFAM, que será o hospital da Família, onde será desativado mais da metade do prédio, ficando apenas a UTI Neonatal e pediátrica no terceiro andar e leitos de retaguarda no quarto andar, os andares de baixo serão todos desativados e reformados para receber o HFAM” comentou.
Possas falou também, sobre o Centro de Tratamento de Queimados, afirmando que é uma referencia no ramo em todo Brasil.
“O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) já era uma referência no Centro-Oeste, no Pronto Socorro antigo, veio o presidente da Associação Brasileira dos Médicos Referenciados do Centro de Queimados, inaugurar no HMC, ele ficou admirado com o que nós fizemos e com o atendimento que nós prestamos no HMC, pra se ter uma ideia do nível de complexidade disponibilizada lá, hoje a tomografia do HMC é de 128 bits, a que temos de melhor no setor particular em Cuiabá, e de 30 bits, isso é 3 vezes mais a potência dinâmica e a resolutividade das imagens” explicou Possas.
Possas comentou sobre a preocupação com o atendimento vindo do interior e salientou que isso é histórico há mais de 30 anos no MT, desaguar a saúde do interior na capital do estado.
“Recebemos todo o movimento do interior aqui na capital, em se tratando de média e alta complexidade, o que está acontecendo é que nós não estamos recebendo por este atendimento realizado com pacientes do interior do estado, na verdade, nós nunca recebemos, por isso, queremos reunir os prefeitos e secretários de saúde dos municípios de MT, para um bate papo para explicar como será o funcionamento e a regulação do HMC, tirando a urgência e emergência, que é porta aberta, os demais, somente regulados, não recebemos paciente sem regulação, estamos criando as regras para uso do HMC, coisa que deveria ser feita há 40 anos atrás e não o fizeram” salientou.
Com brilho nos olhos, Possas disse que a saúde de Cuiabá está sendo reescrita em todas as suas dinâmicas, desde atendimento inicial, baixa, média e alta complexidade, até a saúde preventiva e os postos de saúde.
“Estamos reescrevendo a saúde de Cuiabá, prefeito Emanuel Pinheiro determinou que quer uma saúde diferente aqui, foi criado no governo passado o São Benedito, nós o reformulamos e o atendimento mudou lá. Como inovação, iremos iniciar lá a parte de cardiologia, aberta e fechada, com a colocação dos melhores equipamentos que temos, em se tratando de cardiologia, queremos ter uma referência cardiológica como Cuiabá nunca viu, o atendimento nesta área é feito, na sua maioria, na rede privada, então, nós vamos criar um referencial público muito melhor que o privado” disse Possas.
Secretário salientou que os equipamentos usados no HMC são de tecnologia melhores do que muitos hospitais da rede privada, equipamentos de estativas aéreas e disse que em Cuiabá, nenhuma UTI tem essa tecnologia.
“pra entender, os equipamentos, hoje, dentro das UTIs do HMC, são de estativas aéreas, isso significa, que elimina grande parte dos riscos de infecção hospitalar, pois acaba com a movimentação de cabos e acessórios dos equipamentos por cima do paciente, hoje, se o atendido necessitar de um raio-X, ele não precisa ser deslocado da sala, temos um equipamento que vai até a cama desse paciente e faz o trabalho ali mesmo, evitando desgaste e retirando risco sobre o paciente, possuem mobilidade e articulação, de modo a permitir que a equipe médica tenha maior aproveitamento na cirurgia, sistemas que grandes hospitais do Brasil, como Sírio Libanês e Albert Einstein tem” explicou.
Possas disse ainda que a demora na inauguração e toda feita em etapas, se deu a esse diferencial colocado em prática no HMC, a aquisição dos melhores equipamentos do mercado mundial, tecnologia Alemã.
Secretário falou que iniciou em efeito contrário, ou seja, começou pela terciária e vai finalizar na básica.
“Nós iniciamos com efeito contrário, começamos pela terciária e vamos finalizar na saúde básica, só fizemos isso, porque foi um movimento único do prefeito Emanuel Pinheiro, devido ter conseguido chave de ouro, ter conseguido inaugurar o HMC o ano passado, ainda no governo Temer, então, foi algo difícil de acontecer, veja bem, aqueles R$ 100 milhões que vieram, apenas 3 cidades no Brasil conseguiram o feito e Cuiabá foi uma delas, por isso o prefeito reinventou, fez o contrário, começou pela alta complexidade, criando o corredor do AVC, agora o da cardiologia, isso gera dois impactos importantes, uma melhoria no atendimento único e humanização” comentou Possas.
Secretário finalizou desabafando que o cidadão não merece uma saúde pública de má qualidade, atrelado a um péssimo atendimento feito pelo funcionário público ou pelo técnico de saúde que do HMC.
“Temos 5 mil funcionários na saúde municipal, colocar na cabeça do servidor que ele ganha em dia, recebe RGA, recebe todos benefícios possíveis, nada mais justo que prestar um serviço de qualidade ao usuário, um serviço condizente a valorização que ele tem, o cidadão não merece o descaso, você chega num dos momentos mais difíceis da sua vida, que é quando você adoece, ou quando seu pai ou sua mãe estão doentes, você chega num hospital, além de ter que esperar, que e de prache inclusive na rede particular, nós queremos que isso aconteça com dignidade, com humanização, ar condicionado, uma tv para distração, uma água gelada, uma cadeira confortável para sentar, para que, com o pouco tempo de espera desse paciente e o funcionário que não entender isso, não for capacitado para um bom atendimento, com toda certeza, esse funcionário estará fora da rede de saúde, quem for efetivo vai tomar PAD, quem não for efetivo será exonerado direto, nem precisamos discutir, a gente valoriza o servidor, mas em contra partida, queremos um servidor trabalhando de forma condizente a sua valorização e da forma que o usuário do SUS merece” finalizou Possas.
Fonte: Portal da Política Foto: Reprodução
