Da Redação
O judoca, medalhista olímpico Flávio Canto fez uma passagem rápida por Cuiabá na última sexta-feira (15), para uma visita técnica de implantação de mais um polo do Instituto Reação. O judoca foi convidado pela Prefeitura de Cuiabá por intermédio do secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, para uma conversa descontraída no Parque das Águas para colocar o município à disposição em uma futura parceria com o Instituto.
A Prefeitura de Cuiabá tem interesse em aliar seu nome a projetos sociais, que norteiam o futuro do cidadão, iniciando pela criança, como por exemplo, o Programa Bom de Bola, Bom de Escola, que tem nos dado excelentes resultados.
“O Reação é hoje umas das referências em projetos socioeducativos no Brasil, atendendo milhares de jovens de baixa renda. A chegada desse projeto vai garantir opções de educação e disciplina por meio do esporte, no caso o judô. Tenho certeza que o prefeito Emanuel Pinheiro não medirá esforços para ajudar no estabelecimento do projeto na nossa cidade. Pretendemos oferecer um espaço do município, que será reformado e, quando for devolvido à população, possa abrigar o projeto do Flávio”.
O Instituto Reação é uma Organização Não Governamental (ONG) que promove o desenvolvimento humano e a inclusão social por meio do esporte e da educação, fomentando o judô desde a iniciação esportiva até o alto rendimento. A proposta é utilizar o esporte como instrumento educacional e de transformação social, formando faixas pretas dentro e fora do tatame.
“O instituto tem 18 anos, nosso polo fixo é no Rio de Janeiro. Nós viemos ampliando em algumas cidades entre o Rio e São Paulo, a ideia é ampliar para fora dessas regiões e instalar em Cuiabá mais um polo seria perfeito. Além disso, aqui vocês tem o Davi Moura, um grande ídolo e muito amigo meu, eu gostaria que ele tivesse um papel de protagonismo e liderança no Reação”, esclarece o medalhista Flávio Canto.
“Nós já estamos nos preparando, montando uma estrutura para operar o projeto em Cuiabá, começando pequeno e com os pés no chão, que é como a gente tem crescido. Hoje, o Reação tem 55 funcionários, 1.600 alunos e nove polos. Nós estamos aqui para dar apoio a um projeto que já está começando dentro de uma igreja. Pensando em fazer um segundo polo ou unir esses alunos da igreja, estamos fazendo um estudo de campo para um projeto maior, dando eficiência a essa ideia. Vamos utilizar os professores que já estão aqui, nós estamos fazendo um intercâmbio de metodologia, porque aqui já tem uma cultura bem estabelecida do judô, o pai do Davi, o Fenelon Muller, é uma pessoa muito técnica e um excepcional professor”, destaca o medalhista.
O projeto é voltado para crianças de baixa renda, a partir de quatro anos. “O nosso objetivo é lutar contra essa desigualdade de oportunidade que a gente vê com tanta frequência no Brasil. Usando a arte marcial como carro-chefe, tentamos inverter as estatísticas de que o nosso futuro é definido pela nossa origem e mostramos que estamos formando faixa preta dentro e fora do tatame”, comenta Flávio.
Sobre Cuiabá, Flávio disse que aprendeu o caminho com as visitas técnicas que tem realizado para implantação do polo e tem gostado muito do que vê, prometendo voltar e conhecer melhor a cidade. “Já vim a Cuiabá outras vezes, mas nunca vim com a calma que eu quero vir. E com esse polo aqui, vou poder conhecer lugares como este Parque lindo (Parque das Águas) e cidades próximas como Nobres, Chapada dos Guimarães e o Pantanal, mas uma coisa é certa a comida já me conquistou!”, finalizou.