Os mandantes dos ataques contra agentes penitenciários e à sede do sindicato da categoria, realizados entre a noite de quinta-feira (22) e a manhã de sexta-feira (23), foram identificados neste sábado (24.03). A identificação foi possível após uma ação integrada entre a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diretoria de Inteligência, Delegacia de Repressão de Entorpecentes (DRE) e Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Foram identificados como mandantes dois reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE). São eles: Marcos Felipe Pires de Arruda, 21 anos, preso desde maio de 2016, e Sérgio Carvalho Gomes, 38 anos, detido em junho do ano passado.
Na cela que os dois ocupavam foram encontrados 23 aparelhos de celular, carregadores de celular e duas facas artesanais. Os celulares serão submetidos à perícia para a comprovação das condutas. Confirmados os fatos, ambos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio e organização criminosa.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, frisou que a identificação dos mandantes dos atentados é uma resposta rápida e eficiente das forças de segurança pública. “A sociedade merece uma atuação rápida do sistema. Quem tenta ir contra o sistema recebe a punição devida, que é prisão”.
O delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli, reforçou o trabalho de investigação, que deve ser realizado de forma sigilosa, para identificar os dois que deram a ordem de realizar o ataque. “Com o trabalho integrado conseguimos chegar à identificação dos autores do crime. As investigações vão prosseguir para identificar outros criminosos e assim efetuar as prisões”.
Para o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Fausto Freitas, o trabalho realizado em conjunto é fundamental. Fausto ainda disse que durante toda esta semana foram realizadas vistorias na unidade prisional. “Vamos manter a ordem e disciplina dentro das unidades”, assegurou.
Gustavo Garcia enfatizou que as Secretarias de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) trabalham diariamente para conter qualquer tipo de violência. “Nós atuamos operacionalmente com o sistema de inteligência para neutralizar qualquer tipo de ameaça à sociedade”. O secretário também explicou que o trabalho da Sesp é realizado fora das unidades prisionais, já que na parte interna a pasta responsável é a Sejudh.
O subchefe de Estado Maior, coronel Henrique Correia da Silva Santos, ressalta que ações conjuntas entre as forças de segurança pública são realizadas periodicamente, com o objetivo de retirar criminosos das ruas e inibir atos violentos contra a população. “As ações agora foram intensificadas. Inclusive, existe uma operação chamada Ordem Pública, que é integrada entre a Polícia Militar, Prefeitura, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, que visa proporcionar segurança à sociedade”.
Entenda o caso
A casa de um agente penitenciário e a sede do sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso, ambos em Cuiabá, foram alvos de ataques criminosos na noite de quinta-feira (22.03) e na manhã desta sexta-feira (23.03), respectivamente. Os dois locais foram atingidos com tiros, mas ninguém ficou ferido.
Fonte: PJC