Lava Jato vira ninho tucano ao avesso e aponta agora o seu “canhão” para o senador José Serra

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Em família

As acusações de lavagem de dinheiro e a operação da PF contra o senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na manhã desta sexta-feira quebrou a rotina do noticiário que só falava sobre Covid-19. Verônica Allende, filha mais velha de Serra, também foi denunciada pelo MPF. Serra teria recebido 936 mil euros da Odebrecht entre 2006 e 2007 no exterior, por intermediação do operador José Amaro Pinto Ramos. O dinheiro chegou às mãos dele por meio de uma offshore controlada por Verônica.

Ovelha negra

Denúncias contra a filha teriam levado José Serra à depressão. Ao menos é o que se comenta aqui em Brasília. O senador chegou a fazer um tratamento para deixar de tomar remédios para dormir, que estavam abalando sua saúde. De acordo com amigos íntimos, Serra, que costumava telefonar até com insistência para comentar fatos da política, passou a desaparecer do radar deles com frequência. Será que a culpa é dela? O senador terá que se explicar à Justiça, certamente.

Risk taker

A expressão em Inglês, risk taker, define uma pessoa que assume riscos com facilidade. É com essa frase que Verônica Allende Serra se define nas redes sociais. Verônica, que tem a conta no Instagram restrita a seguidores aprovados por ela, é seguida por personalidades como o apresentador Luciano Huck, além de outros “globais”. O esquema de corrupção apontado pelos promotores da Lava Jato contra a dupla Serra & Serra, chega a R$ 40 milhões em propinas.

Fogo amigo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que apoia a operação Lava Jato e disse defender a ampla e irrestrita investigação dos fatos sempre que houver questionamentos envolvendo agentes e recursos públicos. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou: “A Justiça existe para avaliar, julgar e, apenas depois da decisão, é que nós poderemos nos manifestar plena e definitivamente”. Doria evitou entrar em detalhes a respeito da ação contra Serra.

Direita, volver!

A família Bolsonaro e seus seguidores são o mais novo grupo da direita global a aderir ao Parler. A rede social criada em 2018 funciona de modo quase idêntico ao Twitter, mas com uma diferença importante: menos regulação de conteúdo ofensivo. A página inicial do Parler diz que a rede é “imparcial” e com conteúdo moderado com base na Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos e na Suprema Corte daquele país, “o que permite a liberdade de expressão sem violência e a ausência de censura”.

Discurso novo

Desde que foi hasteada bandeira branca entre os poderes, o presidente da República Jair Bolsonaro passou a adotar um discurso menos agressivo e evita até falar com a Imprensa de forma intensa como andava fazendo. Em conversa com apoiadores, nessa sexta-feira, o presidente disse que a ligação entre Legislativo e Executivo é complexa. Ele afirmou que vem conversando frequentemente com Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Quanto à Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, não teceu nem elogios nem críticas.

Na pressão

O novo ministro da Educação, Renato Feder, já assume tendo que dar respostas. Ele já defendeu a extinção da pasta e a privatização de todo o ensino público, a começar pelas universidades. A proposta, que incluía a concessão de vouchers para as famílias matricularem os filhos em escolas privadas, está no livro “Carregando o Elefante – como transformar o Brasil no país mais rico do mundo”, de 2007. “É um livro escrito há muito tempo, tínhamos 20 e poucos anos, claro que muitas coisas mudaram de lá para cá”, afirmou Alexandre Ostrowiecki, coautor da obra com Feder. Se a pressão continuar, será que Feder não vai roer a corda como fez Carlos Decotelli?

 

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