Julgamento de Flordelis chega ao 3º dia e revela detalhes sobre disputas na família

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Brunno Dantas/TJRJ

Pastora responde pelo assassinato do marido Anderson do Carmo; testemunhas de defesa serão ouvidas na quinta (10)

O julgamento de Flordelis chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (9), no Tribunal do Júri em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A pastora é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Além da ex-parlamentar, outros quatro réus estão sendo julgados: sua filha biológica Simone dos Santos, a neta Rayane dos Santos e os filhos afetivos André Luiz e Marzy Teixeira também são julgados. Nesta manhã, a sessão será retomada pelos depoimentos das testemunhas de acusação.

Leia mais: Caso Flordelis: julgamento começa nesta semana em Niterói (RJ)

Ao longo dos dias, já foram ouvidos os delegados Bárbara Lomba e Allan Duarte, Regiane Ramos, o inspetor Tiago Vaz e os filhos afetivos de Flordelis Alexsander Mendes e Wagner Pimenta. A previsão da acusação é que o julgamento termine na próxima sexta-feira (11). Ao todo, o caso envolve 10 testemunhas de defesa e 10 de acusação.

O segundo dia de julgamento, na última terça (8) começou com atraso e durou mais de 11h, com depoimentos de três testemunhas de acusação. O filho afetivo de Flordelis, Alexsander Mendes, pediu para ser ouvido sem a presença dos réus.

Ele contou que existia uma divisão no núcleo familiar da pastora. “Quando você era contra Flordelis e quem estava com ela, você era o próprio demônio. Era Time A e Time B, time do bem e time do mal”, disse.

O depoimento do policial civil Tiago Vaz, que trabalhou no inquérito de conclusão da morte do pastor, revelou detalhes da divisão interna na família. Segundo o relato do policial, a família vivia “rachada” e um grupo tinha privilégios como plano de saúde até uma alimentação diferenciada.

“Uma família rachada, que tinha privilégios para um grupo e outros não. Eram facções. Uma ajudou no cometimento do crime, outra ficou insatisfeita. Então uma facção denunciou a existência desse conluio”, declarou Vaz, acrescentando que a dinâmica familiar deu origem a intrigas na casa.

Relembre o caso

A pastora, que ficou conhecida por adotar mais de 50 “filhos”, é acusada de ser a mandante do crime e está sendo julgada por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

Os filhos Mary Teixeira Silva, Simone dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada; Já Rayane dos Santos Oliveira, neta da ex-deputada, por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.

O pastor Anderson do Carmo foi morto com mais de 30 tiros na garagem da casa em que morava com Flordelis e mais 55 filhos no município de Niterói, na noite do dia 16 de julho de 2019.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita

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