Por Rafael Medeiros
Uma gestante de oito meses foi presa em flagrante após uma séries de agressões contra o filho de cinco anos. A primeira denúncia contra a desempregada Jenifer Surita, 32 anos, foi feita pelo próprio irmão dela, J.S.P., 28 anos, na noite da última sexta-feira (24). O homem flagrou a irmã batendo na criança com cabo de vassoura.
Policiais militares estiveram na casa, porém, apenas conversaram com a mulher. Quando os PMs sairam, Jenifer voltou para dentro da residência, amarrou o filho e agrediu, desta vez, com fio de energia. As agressões ocorreram na casa onde ela mora com outros cinco filhos, no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá.
A criança tinha marcas nos olhos, boca, braços e pernas. Jenifer acabou sendo conduzida à delegacia e foi autuada por lesão corporal dolosa e violência doméstica.
A gestante que possui outras passagens criminais – crimes não informados à reportagem – foi encaminhada para Audiência de Custódia e liberada pelo juiz Lídio Modesto da Silva Filho, da quarta vara criminal. O magistrado concedeu à mãe liberdade provisória, afastando a fiança arbitrada e determinando medidas cautelares; como comparecer aos atos do processo e não mudar de endereço. [veja aqui o processo criminal]
Segundo relato do irmão, Jenifer sempre foi violênta com os filhos, inclusive a mulher era agredida pelo marido, de quem está separada há quase um ano.
Em depoimento, a mulher justificou as agressões dizendo que não é de hoje que vem tendo problemas “comportamentais” com o filho, pois ele responde e grita “como se fosse dono do nariz dele”. Disse que o filho não obedece nem ela nem a avó, nem outras pessoas da família. Mas ao final do depoimento disse que estava arrependida.
O Bom da Notícia procurou Jenifer que, por telefone, negou as séries de violência e disse que nada passou de uma ‘tempestade em um copo d’água’.
“Fui presa sim! Porém, ninguém veio aqui pegar meus filhos [tirar a guarda], porque sabe que estou certa. Não espanquei ninguém, apenas estou educando”, disse a mulher.
A criança, apesar das denúncias, está sob a guarda da mãe.
A Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica), segue investigando o caso.