Jornalista tem prisão mantida em audiência e vai para o Carumbé

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O jornalista Leonardo Heitor Miranda, de 38 anos, teve a prisão preventiva mantida após passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (25), no Fórum de Cuiabá. Ele é acusado de quebrar uma medida protetiva concedida a uma mulher que o acusa de estupro.

A informação foi confirmada ao MidiaNews pela delegada que conduz a investigação, Nubya Beatriz, da Delegacia Especializada na Defesa da Mulher de Cuiabá.

Ele foi encaminhado para o Centro de Ressocialização da Capital (CRC), mais conhecido como Carumbé.

Leonardo foi preso no Aeroporto de Várzea Grande ao retornar de uma viagem para a Bahia. Ele teria recebido a ordem de prisão ainda dentro da aeronave.

O jornalista é acusado de ir ao mesmo prédio em que a vítima trabalha, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), quebrando a ordem judicial de manter uma distância mínima dela.

Além da acusação de estupro, ele também suspeito de tentativa de estupro, assédio e importunação sexual. Mais de 10 mulheres o denunciaram à Delegacia da Mulher em outubro deste ano.

Conforme as denúncias, o jornalista abordava as mulheres pelo aplicativo WhatsApp com número de DDD de outros estados, com nome e fotos de outra pessoa.

Durante as conversas, mandava diversas fotos de pênis, além de mensagens de cunho erótico.

 

Alega inocência

Em entrevista ao site LeiaAgora, ainda na delegacia, o jornalista afirmou não ter quebrado a medida protetiva, uma vez que não sabia que a vítima trabalhava no prédio e que, ainda que soubesse, ela não estava lá no dia do fato.

“Eu fui consultar dois advogados – um cível e outro criminal – um fica no 14º e o outro não lembro. Sinceramente, eu não sabia, porque na medida protetiva estava só o endereço residencial. Se eu soubesse [que seu local de trabalho fica no imóvel] não teria ido, não tenho o que temer ou esconder”, disse.

“No meu entendimento, eu não descumpri medida nenhuma. Até pelo que foi me passado a (diz o nome da vítima) sequer estava no site, ou seja, como posso ter descumprido uma medida protetiva contra uma pessoa que sequer estava no local? Eu não saía de casa com receio justamente de encontrá-la em algum lugar e ter algum tipo de problema. Espero que esse mal-entendido seja solucionado”.

O jornalista diz ter documentos que “provam” a sua inocência e ainda acusa a vítima de querer se vingar dele.

“Eu apresentei provas de que as acusações que ela fez foram infundadas. E [sobre] a acusação de estupro, eu apresentei uma ligação alertando que ela queria se vingar de mim antes de toda essa história. Isso foi apresentado aqui, assim como outras provas, de que a única vez que tive alguma coisa com ela foi com total consentimento. E não vejo como veracidade tudo isso que ela está falando. Vou provar na justiça”.

“[Sobre] essa história do número de Brasília, eu não uso esse numero já há três anos. Esse número está cancelado desde maio do ano passado. Eu tenho a minha consciência limpa. Eu fiquei de conversa com algumas colegas, colegas que deram abertura, inclusive. Vou provar, apresentei a documentação de tudo. Tudo que eu entendo que comprova o que eu fiz e o que eu não fiz”, afirmou.

Quanto à viagem para fora do Estado, o jornalista alegou que não tinha interesse em fugir e que já havia programado o passeio há seis meses.

 

 

 

Fonte: Midia News Foto: Victor Ostetti

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