Da redação (com informações da assessoria)
Um projeto de lei apresentado pelo vereador Delegado Marcos Veloso (PV), na última sessão, prevê a criação de um programa de certificação sustentável, denominado de IPTU Verde em Cuiabá. A proposta estabelece benefícios fiscais aqueles que aderirem à ideia.
O objetivo do projeto é fomentar as ações que promovam o ideário de ‘Cidade Verde’, uma vez que Cuiabá vem perdendo esse reconhecimento carinhoso. Ainda visando melhora na qualidade de vida dos habitantes, minimizar os impactos ao meio natural, eficiente desempenho urbanístico e motivação de êxito tributário com a participação cidadã, por meio de concessão de benefícios tributários.
Os benefícios tributários serão concedidos em forma de descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com as respectivas ações: captação e reutilização de águas pluviais ou oriundas de outras fontes sistema de aquecimento hidráulico solar sistema de aquecimento elétrico solar construção de calçadas ecológicas arborização no calçamento permeabilidade do solo com cobertura vegetal participação da coleta seletiva de resíduos sólidos em condomínios construções com material sustentável instalação de telhado verde, em todos os telhados disponíveis no imóvel para esse tipo de cobertura e sistema de utilização de energia eólica.
A proposta estabelece que o desconto concedido será, no máximo, de 20% sobre o valor do IPTU lançado anualmente, pelo período de cinco exercícios consecutivos, não prorrogáveis nem renováveis, contados a partir do exercício seguinte ao do requerimento do benefício tributário. A concessão só poderá ser efetivada para os imóveis edificados que adotem duas ou mais ações previstas.
“O encolhimento das áreas verdes e o crescimento das áreas impermeabilizadas, têm contribuído negativamente para o clima e o bem-estar local, afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas e de sua biodiversidade, a qual vem-se reduzindo cada vez mais. O desenvolvimento de uma infraestrutura verde urbana, biofílica, capaz de mimetizar-se à natureza e promovê-la, surge como uma necessidade natural para a própria sobrevivência de todas as cidades, sendo esse também o caso de Cuiabá. Ao mesmo tempo, é consenso de que não é saudável cogitar frear o desenvolvimento econômico e imobiliário da cidade, mas que se deve buscar alternativas para que ele se dê de maneira sustentável e a mais biofílica possível, ou seja, que o seu crescimento não seja mimetizado com a promoção ambiental”, ressalta justificativa do projeto de lei.