Índios e madeireiros são presos pela PF por extração em reserva

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), uma operação para combater uma organização criminosa que atuava no processo de extração ilegal de aroeira na região da Terra Indígena Sararé, localizada no município de Conquista D’Oeste-MT (a 538 km de Cuiabá).

A investigação apontou a participação de lideranças indígenas na estrutura da organização, uma vez que os índios envolvidos permitiam a exploração da reserva em troca de pagamentos periódicos ou outros benefícios.

Cerca de 65 Policiais Federais cumprem 25 ordens judiciais expedidos pela Justiça Federal de Cáceres – sendo 12 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão – nas cidades de Nova Lacerda e Conquista D’Oeste.

Na operação estão sendo presos indígenas e madeireiros. Além disso, uma grande propriedade rural está sendo arrestada (apreendida judicialmente) por ter adquirido madeira oriunda da reserva indígena.

A investigação teve início no ano de 2017, a partir de uma prisão em flagrante realizada em uma ação de fiscalização de Terra Indígena. Tais fiscalizações visavam coibir a prática de crimes ambientais no interior das reservas e são coordenadas pela Funai, contando com o apoio do Ibama e de forças policiais.

O foco da exploração ambiental investigada na operação foi  a extração da aroeira, espécie que tem o corte proibido em floresta primária desde  1991 por uma portaria normativa expedida pelo Ibama.

Os presos estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Cáceres, onde serão ouvidos e encaminhados à cadeia local permanecendo à disposição da Justiça.

No período da investigação, em uma das ações de fiscalização, foram apreendidas mais de 1200 lascas de aroeira avaliadas em mais de R$ 50 mil.

A operação visa também identificar outras pessoas responsáveis pela aquisição da aroeira, que deverão ser indiciadas pelo crime ambiental e pela organização criminosa, bem como os imóveis serão apreendidos para ressarcimento ambiental.

 

“Ybyrá”

 

O nome da operação faz menção ao significado das palavras “árvore, tronco, madeira” no dialeto tupi.

 

 

Fonte: Agência Brasil

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