Governo reage contra queimadas e chama investidores para um tête-à-tête

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Depois de levar um puxão de orelha de organismos nacionais e internacionais de defesa do meio ambiente o governo decidiu proibir queimada na Amazônia por quatro meses. Na linha de frente dessa ação, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, garante que vai intensificar as ações de repressão ao fogo ilegal já as próximas semanas. Há um ano o presidente Bolsonaro tomou decisão semelhante após aumento recorde nas queimadas da região provocar boicote a produtos brasileiros no exterior.

Nova postura

Ainda nessa linha de defesa do meio ambiente o presidente Jair Bolsonaro vai se reunir nesta quinta-feira (9) com investidores para tentar aplacar críticas ao desmatamento. A reunião será liderada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia. Mourão já tem em mãos levantamento de dados feitos pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justiça e Itamaraty. É possível que a resposta do governo seja em formato de carta aberta.

Banho-Maria

Os vetos do presidente Jair Bolsonaro à MP 936, em especial o de não estender a desoneração da folha de pagamento das empresas até o final de 2021, foram mal recebidos pelo Congresso. Líderes articulam a derrubada caso não haja um recuo do Planalto sobre o assunto.  Aqui em Brasília o tema é assunto ganhou até as redes sociais. A sessão para analisar o veto ainda não foi marcada e depende de decisão do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Veto estratégico

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acredita que governo deve enviar outro projeto para garantir desoneração, mas alerta que Congresso não aceita novo imposto. Experiente em negociações dessa monta, Tebet afirma avalia que o veto foi estratégico, já que o governo sinaliza que não discorda da extensão da desoneração. Com o veto, o governo pode discutir com o Congresso outras formas de desoneração. Na verdade, quer ganhar tempo.

Clima tenso

Os ânimos estão acirrados entre integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal e o procurador-geral da República, Augusto Aras. Eles enviaram ao procurador pedido quase expresso requisitando a troca do secretário-geral do órgão, Eitel Santiago. A ação ocorreu após Eitel declarar que a eleição do presidente Jair Bolsonaro “foi uma obra divina”. Para complicar, Eitel teria dito em entrevista que “as forças-tarefas do MPF funcionam, por vezes, de forma ilegal”. Eitel é pupilo de Augusto Aras, que não se manifestou.

Blá blá blá

Ninguém aguenta mais ouvir falar em nomes que entram ou que saem do Ministério da Educação. No entanto, o nome da vez é o do pastor Milton Ribeiro. Ele é apontado como o nome cotado de São Paulo para comandar o MEC. É membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, é ligado à Universidade Mackenzie e apresenta no currículo doutorado em Educação. Resta saber se ele também vai roer a corda quando a frigideira esquentar no fogo de alguns dos apoiadores do Planalto. Outro que entrou na lista dos cotados foi o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

Disputa acirrada

Também figuram na lista de possíveis ministros da Educação o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia; Marcus Vinícius Rodrigues, que presidiu o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC); Sérgio Sant’Ana, ex-assessor de Weintraub, e Ilona Becskeházy, secretária de Educação Básica do MEC. Por fim, Benedito Guimarães Aguiar Neto, que foi reitor da Universidade Mackenzie e hoje é presidente da Capes

Efeito pandemia

Por enquanto a escolha do novo ministro da Educação continua nos bastidores do poder ou nos debates nada amistosos das redes sociais. Por conta da Covid-19 o Palácio do Planalto não tem muita pressa e o Senado avalia retomar as sessões presenciais só na segunda quinzena de agosto para votar a indicação de autoridades. A data, no entanto, só será definida no próximo mês. Se o ritmo da pandemia não recuar, a volta aos trabalhos na Casa poderá ser adiada para setembro. Até lá o MEC vai continuar sem comando fixo.

Sobrou pro Freire

Por falar em Educação, o governo  voltou a criticar o educador Paulo Freire, que já foi declarado o patrono da educação brasileira, mas virou alvo do chefe do Executivo e seus apoiadores. Bolsonaro disse que na prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), realizado em 79 países, o Brasil está em “último ou penúltimo” lugar no ranking no quesito ciência, interpretação de texto e matemática.

Bora trabalhar

Fiel ao seu estilo polêmico, o presidente Jair Bolsonaro decidiu não afastar assessores que tiveram contato com ele antes e após ser diagnosticado com a Covid-19. Sem muito se preocupar, deu um pouco mais de munição aos críticos de plantão e ainda desafiou orientações do próprio Ministério da Saúde. “A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid”, limitou-se em nota o Planalto.

Não é brincadeira

Além do presidente Jair Bolsonaro, que foi diagnosticado com a covid-19, pelo menos 12 integrantes dos três Poderes já tiveram a doença. Nos executivos estaduais, quase 30% dos governadores do País foram contaminados, entre eles o adversário de Bolsonaro, Wilson Witzel (PSC). Na lista de infectados há ainda os prefeitos de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Collor ressurge

O ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) avaliou que falta uma coordenação melhor entre governo federal e estados e municípios para combater a pandemia de covid-19 no Brasil. Para ele, faltou ao presidente Jair Bolsonaro uma noção do que significava a chegada da pandemia ao Brasil. Apesar das críticas, Collor desejou que o presidente, que testou positivo para covid-19, se recupere.

 

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