Governo e Congresso precisam de entendimento para aprovar propostas e analisar vetos

0
221

SAÍDA PELA DIREITA

A semana começou quente no Senado e o Governo vai precisar se articular bem com a direita, que anda meio desunida segundo o Planalto. Parlamentares poderão votar nos próximos dias a proposta de emenda à Constituição que acaba com 244 fundos públicos. De iniciativa da equipe econômica do governo federal, a PEC tem o objetivo de liberar R$ 219 bilhões que serão usados para o pagamento da dívida. A discussão será quente no Congresso.

CAIXA À VENDA

A MP que permite vender partes da Caixa Econômica Federal até dezembro de 2021 já está em análise no Congresso. O texto autoriza subsidiárias do banco a constituírem outras inclusive pela incorporação de empresas privadas. A MP foi editada pelo governo federal em 7 de agosto, mas só agora ganhou corpo no Congresso. Alegando que a Caixa é patrimônio do povo, a oposição promete jogar um balde de água fria nas intenções do Executivo.

STF DE OLHO

As Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados encaminharam um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte intervenha na criação e venda de subsidiárias de empresas estatais. A prática é questionada como uma “estratégia” do governo federal para privatizar partes dessas empresas sem a participação do Congresso Nacional. O pedido partiu de um questionamento feito pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Leia Também:  Fórum reúne Comitês de Bacias para debater as ações feitas no último ano

REPROVAÇÃO

Por falar em Congresso, o índice de aprovação de deputados e senadores não anda nada bem. No momento em que o Congresso e o presidente Jair Bolsonaro parecem viver uma trégua, a pesquisa Datafolha aponta uma piora na avaliação do Legislativo. De maio para agosto, a reprovação do trabalho do Congresso subiu de 32% para 37%. Já aprovação se manteve praticamente estável, de 18% para 17%. Os que consideram a atuação dos parlamentares regular caiu de 47% para 43%.

VETOS NA MIRA

Abr

Congresso Nacional pautou uma sessão para quarta-feira, 19, e fará mais uma rodada de análise de vetos do presidente Jair Bolsonaro. Como o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou, o chefe do Planalto se tornou na semana passada o presidente da República que mais teve vetos revertidos pelo Legislativo.Os vetos ao pacote anticrime são o primeiro item da pauta. Entre os dispositivos vetados por Bolsonaro e que podem ser resgatadas pelo Congresso, um deles triplica a pena para crimes contra honra quando são cometidos pela internet. Ainda não há acordo para manutenção ou derrubada da proposta.

NA DEFESA

O presidente Jair Bolsonaro está mesmo disposto a ficar de bem com os militares. O Governo prevê reservar R$ 5,8 bilhões a mais no Orçamento do ano que vem para despesas com militares do que com a educação no País. A proposta com a divisão dos recursos entre os ministérios está nas mãos da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve ser encaminhada até o fim deste mês ao Congresso. Caso confirmada, será a primeira vez em dez anos que o Ministério da Defesa terá um valor superior ao da pasta da Educação.

Leia Também:  PLANALTO OTIMISTA: General Heleno garante que ‘Bolsonaro é símbolo do combate à corrupção’. Confira outras informações na coluna JPM desta quarta-feira (29)

CAVALO DE TRÓIA

O ministro Edson Fachin disse hoje que “as eleições presidenciais de 2022 podem ser comprometidas”. O alerta foi feito durante um evento organizado pelo Instituto Paranaense de Direito Eleitoral: “As eleições presidenciais de 2022 podem ser comprometidas se não se houver consenso em torna das instituições democráticas. O futuro está sendo contaminado de despotismo e lamentavelmente nos aproximamos de um abismo (…). Os sintomas desse cavalo de Troia ameaçam o Brasil democrático constituído em 1988. Está na contramão da história a escalada de autoritarismo hoje presente no Brasil.”

AUTODEFESA

O coordenador da força tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, não acredita que existam fatos que embasem seu afastamento do Ministério Público. De acordo com ele, o próprio histórico do Conselho Nacional do MP (CNMP) mostra que casos precedentes envolviam “coisas muito graves” e nada parecidas com a sua realidade. Pelo CNMP já passaram pelo menos 50 reclamações disciplinares contra o procurador. Dallagnol pode ser afastado do cargo na terça (18) se confirmada atuação política contra investigados ou mau uso das opiniões nas redes sociais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui