Governo de SP lança campanha ‘Gravidez na adolescência é para a vida toda’

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Foto: Google

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o Brasil está entre os países latino-americanos com a maior média na região de bebês nascidos de mães adolescentes. Aqui, a cada mil jovens com idades entre 15 e 19 anos, nascem 68,4 bebês de mães adolescentes, enquanto na América Latina o índice é de 65,5 bebês de mães jovens a cada mil adolescentes. A média mundial é ainda menor: 46 nascimentos a cada mil.

A campanha, de caráter permanente, começa na próxima semana com a veiculação de peças de publicidade nas redes sociais, em canais como Facebook, Instagram e Twitter. Também já estará no ar o site da campanha, hospedado na página da Secretaria da Justiça e Cidadania, no endereço eletrônico.

Também já estará no ar o site da campanha, hospedado na página da Secretaria da Justiça e Cidadania, no endereço eletrônico Apesar de o Estado de São Paulo ter reduzido o número de adolescentes grávidas, em 46,59% entre os anos de 1998 e 2016, ainda são quase 80 mil nascimentos de crianças cujas mães possuem idade entre 10 e 19 anos.

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Secretaria de Justiça. “Os números mostram a urgência de se abordar a temática, com o envolvimento e a linguagem dos próprios adolescentes, além da participação da comunidade escolar, por meio das escolas públicas estaduais.”.

Estudo da Fundação Abrinq, publicado em 2018 e com base em dados federais de 2016, apontou que o índice de evasão escolar das adolescentes com até 19 anos que se tornam mães é maior nas regiões Norte e Nordeste quando comparado ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Enquanto nestes últimos o índice é de quase um quarto das jovens que deram à luz e não concluíram o Ensino Fundamental, no Norte sobe para 35,9% e no Nordeste, 35,5%. São adolescentes que possuíam apenas de quatro a sete anos de estudo.

O secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti, empenhado na missão de alertar os jovens, enfatiza que os governos e a sociedade ‘precisam falar sobre as causas e as consequências de uma gravidez não planejada nessa etapa da vida’. “É fato que engravidar precocemente é um problema de saúde pública. Temos que pensar nas causas, que são os riscos à saúde da mãe e do bebê e as consequências, que têm impacto socioeconômico, uma vez que muitas jovens grávidas desistem de estudar e enfrentam dificuldades para conseguir emprego”, ressalta Paulo Dimas.

Por Pepita Ortega

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