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domingo, maio 5, 2024
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    Formalização como MEI continua sendo uma alternativa diante da crise

    Figura jurídica criada há pouco mais de 10 anos, o microempreendedor
    individual oferece diversos benefícios e tem sido opção para novos
    negócios

    Apesar dos impactos negativos na economia por causa do avanço do novo
    coronavírus, a formalização como microempreendedor individual (MEI)
    continua sendo uma alternativa para geração de renda durante a crise,
    principalmente para aquelas pessoas que buscam driblar a falta de
    emprego e sair da economia paralela. Recentemente, o número de MEI
    alcançou a marca histórica de 10 milhões de empreendedores.

    Em Belém (PA), há dois meses, o funileiro e pintor automotivo Fred dos
    Santos Júnior buscou o Sebrae para se tornar MEI e já conseguiu fechar
    um contrato para realizar a manutenção de caminhões de uma rede de
    supermercados da região. “Com as dificuldades de encontrar um emprego
    com carteira assinada, eu comecei a fazer os serviços na minha própria
    casa, mas a formalização vai me trazer vários benefícios, como contar
    o tempo para a minha aposentadoria e ter mais facilidade para ampliar
    o meu negócio. Até mesmo futuramente, contratar um funcionário”,
    contou.

    Criado como figura jurídica há mais de 10 anos, o MEI nasceu para
    incentivar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores
    autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros,
    eletricistas, entre outros, a um baixo custo. Podem aderir ao programa
    os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês)
    e têm, no máximo, um funcionário. Levantamento feito pelo Sebrae
    mostra que em 2018, a cada duas semanas, em média, 61.043 novos MEIs
    se formalizaram. Em 2019, esse número subiu para 83.698. Até a
    primeira quinzena de março de 2020, foi registrado uma tendência de
    alta. As cinco primeiras quinzenas de 2020 apresentaram uma média de
    107.861 novos MEI. Desde então, por força do impacto econômico da
    pandemia e do isolamento social, esse número vem caindo, chegando a
    43.273 novos MEI na segunda quinzena de abril. Uma queda de 51% em
    relação à média de registros verificada em 2019.

    De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o momento da
    economia ainda é de incertezas, mas a formalização é uma opção para
    atuar em segmentos que se mantiveram aquecidos, como no ramo de
    alimentação, com fornecimento de marmitas ou alimentos para
    estabelecimentos liberados para funcionar, como padarias, e também no
    segmento de serviços de transporte e entrega. “O MEI é o futuro do
    trabalho. E a formalização é uma boa solução para quem está
    conseguindo manter a atividade neste período, pois ele pode ampliar as
    vendas, emitir nota fiscal, entre outros benefícios”, explicou.

    Vantagens de ser MEI

    O registro de MEI permite ao microempreendedor ter CNPJ, emitir notas
    fiscais, alugar máquinas de cartão e acessar a empréstimos com juros
    mais baratos. Ele também pode vender seus produtos ou serviços para o
    governo, e receber apoio técnico do Sebrae. Além disso, as políticas
    públicas do MEI simplificaram os processos de abertura e baixa do
    CNPJ. O tempo médio para se abrir um MEI gira em torno de 1 dia
    enquanto o tempo médio do processo de baixa é de aproximadamente 3
    dias. Todo processo é realizado no Portal do Empreendedor .

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