Conforme Letícia Lacher, coordenadora no Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que está atuando no local em conjunto com outras instituições, o fogo, que começou na sexta-feira (25), está avançando em duas direções.
“Na direção Sul, o fogo avança para a área da Fazenda Tereza e do Porto São Pedro, atravessando o rio. Essas duas já sofrem com os incêndios. Ao Norte, sentido Baía do Taquaral, é onde está concentrada a maior parte do combate”, explicou.
O foco dos brigadistas que atuam na área da Baía do Taquaral é impedir, também, que o fogo atravesse para o lado da Bolívia, onde segundo Letícia, há uma área de proteção de 2 mil hectares do chaco.
“Temos equipes dos Bombeiros de MT, MS, Paraná, brigadistas voluntários e contratados, empenhados no combate do fogo. No domingo, um avião agrícola passou a auxiliar com água. Agora, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está disponibilizando aeronaves grandes para atuarem em conjunto”, contou.
RISCOS – O fogo se concentra nas comunidades de Barra do São Lourenço, Comunidade Amolar, Comunidade Paraguai-Mirim e Comunidade do Castelo. Mas, apesar disso, nenhuma casa foi atingida.
Letícia explicou que, desde o começo da ação na região, a preocupação foi com a população ribeirinha das comunidades tradicionais ao longo do Rio Paraguai. Apesar da exposição, elas não foram atingidas.
Caso o fogo não seja controlado, nos próximos dias, há risco de que áreas de Reserva Particular Patrimônio Natural (RPPNs), sendo elas, Penha, Acurizal e Rumo Oeste, sejam atingidas.