EXCESSO DE VAIDADE: Cuiabana morre após sofrer complicações em cirurgia plástica

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Rafael Medeiros Da Redação

A cuiabana Ediléia Ferreira Lira, 33 anos, conhecida nas redes sociais como Daniele Bueno, morreu na tarde desse domingo (13.05) por conta de complicações de uma cirurgia plástica realizada na sexta-feira (11.05) no Hospital Militar, no Bairro Goiabeiras, em Cuiabá. Porém a jovem acabou sendo transferida para o Hospital Sotrauma, devido a uma parada cardíaca.

O procedimento foi realizado pelo programa  de baixo custo “Plástica para Todos”. De acordo com informações da família repassadas ao Jornal do Ônibus, Ediléia marcou a cirurgia através de um grupo de Facebook, na rede social mais de 7 mil mulheres participam da página. Em Cuiabá, a jovem  teria pagado o valor de R$ 50 para entrar no programa e outros R$ 50 para fazer uma consulta médica.

Ainda de acordo com familiares, Ediléia pagou outros R$ 7 mil para realizar uma lipoaspiração e redução dos seios. Durante o procedimento, ela sofreu uma parada cardíaca, e os supostos ‘médicos’ não tinham aparelho de oxigênio na sala.

Após a parada cardíaca, a jovem precisou ser levada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porém o Hospital Militar não possuía, e Ediléia foi transferida quase morta para o Hospital Sotrauma no Dom Aquino.

No site do programa “Plástica para Todos”, é informado que o projeto é composto por uma equipe de 22 cirurgiões,  altamente qualificados membros da SBCP (Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica), porém apenas três supostos profissionais vieram operar a jovem.

A reportagem do Jornal do ônibus procurou a assessoria de imprensa da SBCP, que informou, por meio de nota, que irá esperar a conclusão do inquérito investigativo para se manifestar a respeito do episódio.

Ediléia realizou uma postagem pouco antes de realizar o procedimento.

“Avisa pra Ludmila que é hoje … Eu vou operar pelo projeto plástica para todos. Assim que der conto tudo para vocês nesse post”, descreveu  em postagem.

Ediléia é formada em estética e gastronomia. Ela deixa uma filha e uma esposa.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através da delegada Juliana Palhares.

Confira a nota da SBCP na íntegra:

“Considerando o lamentável incidente em procedimento cirúrgico envolvendo a Sra. D.B., ocorrido, segundo informações veiculadas na imprensa, em 14/05/2018, em Cuiabá-MT, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso, manifesta-se com o que segue:

Solidarizamo-nos com a família enlutada.

O entendimento e orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é pelo fiel cumprimento de normas e critérios científicos que maximizem a segurança do paciente. Reiteradamente a SBCP alerta a população para o risco da atuação de agentes intermediadores, em mídias sociais, e/ou planos financeiros para realização de cirurgias plásticas, fazendo de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança.

Entretanto, a análise da conduta profissional, dos fenômenos orgânicos da paciente, somados às condições estruturais na realização do procedimento elencado, é que trarão uma razão de juízo acerca de causas e efeitos de cada caso concreto. Para tanto, órgãos e autoridades oficiais, são investidos de poderes na emissão de pareceres técnicos fundamentados.

Tem-se por óbvio que qualquer pré-julgamento acerca de fatos não comprovados, se trata de mera especulação e exploração sensacionalista de um momento delicado como tal.

Não obstante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aguarda o pronunciamento conclusivo dos órgãos oficiais acerca dos fatos, para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido e, agir no âmbito de suas funções.”

NOTA DE HOSPITAL

Queremos informar as nossas diamantes sobre alguns comentários e rumores que estão circulando em redes sociais informando o falecimento de uma paciente que foi submetida a um procedimento cirúrgico na capital Cuiabá. (CIRURGIA PLÁSTICA).

Ressaltamos que a cirurgia acima citada não foi realizada pelo Dr. Eduardo Sauter e não foi realizada no Hospital Sotrauma.

A cirurgia foi realizada em outro hospital e devido ao estado clínico da paciente a mesma foi transferida para UTI do hospital SOTRAUMA que prestou toda assistência necessária.

HOSPITAL SOTRAUMA

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