Em um ano, número de Empresas Simples de Crédito cresceu oito vezes

0
197

Desde abril de 2019, quando foram criadas, número de ESC chega a mais
de 650, segundo levantamento feito pelo Sebrae, que também traçou o
perfil de seus proprietários

O número de Empresas Simples de Crédito (ESC) cresceu oito vezes em um
ano. Esse é o dado revelado por um levantamento do Sebrae, que apontou
ainda que essas instituições tendem a trabalhar mais com a
Microempresa (ME) e com o Microempreendedor Individual (MEI). O
levantamento mostrou também um aumento do número médio de operações,
ao mesmo tempo em que caiu o valor médio dos empréstimos, de R$ 27 mil
para R$ 23 mil. Conforme o levantamento, a principal vantagem apontada
para as ESC é o fato de trabalharem com garantias reais, o que não
acontecem com as factorings.

O levantamento do Sebrae identificou, no último dia 12 de maio, a
existência de 658 empresas ESC no país, número oito vezes superior ao
registrado em abril de 2019.  A pesquisa apontou  para um aumento do
número médio de operações feitas por essas empresas, subindo de uma
para 11, em média. Apesar disso, o prazo médio dos empréstimos se
manteve praticamente inalterado, em 10 meses. A taxa de juros cobrada,
que estava em torno de 3,9% ao mês, teve uma elevação para 4,7%,
conforme a amostragem. O levantamento do Sebrae revelou também que as
empresas, neste primeiro ano de criação, estão partindo para a
modernização. Nesse contexto, subiu de 45% para 57% a proporção das
ESC que utilizam sistemas informatizados na gestão e controle de suas
operações.

“Podemos arriscar que o crescimento da ESC, diante deste cenário de
crise sem precedentes, será ainda maior neste ano. A Empresa Simples
de Crédito democratiza e facilita o acesso a financiamentos, tão
essenciais para manter os pequenos negócios vivos durante a pandemia
do coronavírus”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

O trabalho feito pelo Sebrae também buscou traçar um perfil dos
proprietários de ESC, mostrando que ¾ deles tiveram o contato inicial
com o tema por meio da mídia ou já trabalhavam no ramo. A pesquisa
identificou que passou de 66% para 86% a proporção de donos de
Empresas Simples de Crédito que têm ou já tiveram outra atividade
empresarial no ramo. Os entrevistados avaliaram que a principal
vantagem da ESC é poder trabalhar com garantias reais; enquanto o
principal obstáculo é a sua atuação limitada ao município e entorno, o
que não ocorre com bancos e factoring. O levantamento mostrou também
que, em cada 10 donos de ESC, cinco participaram de algum evento sobre
o segmento em 2019 e nove têm interesse em fazer cursos ou palestras
sobre o tema.

Hoje, a ação mais demandada pelo segmento é a criação de um sistema de
gestão para ajudar a gerir essa nova modalidade de empresas. A
pesquisa do Sebrae, feita via web, mostrou que passou de 51% para 57%
a proporção de ESC que atuam como limitadas (Ltda).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui