Em reunião com clima “pesado” e apelos por fim das brigas internas, segundo presentes, o presidente do PSDB e candidato do partido derrotado à Presidência, Geraldo Alckmin (SP), defendeu que os tucanos fiquem independentes em relação ao governo de Jair Bolsonaro.
“[O compromisso] É com o interesse público. Não é com o governo”, disse.
“Nós seremos defensores intransigentes do interesse público”, afirmou. “Aqui que coincidir com o governo, votaremos favoravelmente, ajudaremos o Brasil. O que entendermos que contraria, nos oporemos.”
Foi o 1º encontro dos deputados e senadores eleitos com a direção do partido. A reunião aconteceu na sede da sigla em Brasília. Alckmin é presidente do PSDB, posto que ocupa até maio, quando será realizada uma convenção para eleger a nova Executiva.
Segundo deputados que participaram da reunião, o clima foi de buscar recolocar o PSDB em 1 norte para seguir. Recém-eleito, Ruy Carneiro (PB) disse ter feito 1 discurso pedindo unidade partidária.
“Não importa quem será o novo comandante, se será Cássio Cunha Lima, Yeda [Crusius], quem for. Antes, precisa ter unidade nos objetivos“, disse. O futuro congressista disse ter cobrado 1 posicionamento único que dê coesão para a legenda.
Nas eleições, o PSDB enfrentou divisões, com acusações de que os tucanos não deram o apoio suficiente a Alckmin, migrando o suporte para Bolsonaro (PSL), que liderava as pesquisas. Alckmin chegou insinuar que João Doria era 1 traidor por causa disso.
Agora, o racha é sobre compor ou não a base de apoio do governo eleito. Alckmin mantém posição de independência, enquanto Doria defende uma participação mais ativa dos tucanos na futura gestão.
O PSDB saiu derrotado das eleições de 2018. A bancada tucana na Câmara cairá de 49 para 29 deputados em 2019 e o candidato à Presidência da República, Alckmin, teve o pior resultado da história do partido.
Já pensando em recolocar a sigla nos trilhos, a deputada Yeda Crusius (RS) lançou candidatura à presidência da sigla.
Credito:Poder360