A dona de casa Maria Madalena Leite, de 46 anos, está no último mês de gestação do próprio neto, em Cuiabá. Ela vai dar à luz ao bebê da filha dela, a assistente administrativa Patrícia Ferreira Leite.
A ideia de “barriga solidária” surgiu diante do sofrimento da filha e do genro, o funcionário público Alex da Costa Magalhães.
“Para vê-la feliz vale a pena passar por tudo de novo”, disse Madalena, que tem outros três filhos, além de Patrícia.
Patrícia tentava engravidar, mas não conseguia devido a uma doença rara, a Síndrome de Rokitansky, que impede mulheres de engravidar naturalmente. A síndrome atinge o aparelho reprodutor de uma a cada 5 mil mulheres. “É uma malformação, o meu útero não se formou”, explicou.
Daí, o casal tentou a gravidez solidária, através da fertilização e contou com a ajuda de uma pessoa da família para realizar o sonho de ter um filho.
Ter um filho sempre foi o sonho do casal, que está junto há sete anos.
Eles se casaram em 2014 e, no ano seguinte, começaram a planejar a gravidez.
Agora, com a ajuda da mãe de Patrícia, os pais estão cuidando dos últimos detalhes do quartinho do filho que vai nascer neste mês e terá o nome do pai: Alexandre.
“Sinto como se ele estivesse dentro de mim, também engordei e estou fazendo tratamento para conseguir amamentar”, disse Patrícia.
Madalena, que já tem quatro filhos, disse que não imaginava ter uma quinta gestação depois dos 40 anos, mas que não pensou duas vezes quando a filha fez o pedido.
“Não pensei duas vezes e fiz os exames e o médico disse que estava tudo certo”, contou.
Já Patrícia fala que se sente mãe e está fazendo tratamento para ter leite. “Cada pessoa que eu vejo eu conto que vou ser mãe, quero pegar dicas e saber as experiências de outras pessoas”, afirmou.
A gravidez pode não ser convencional, mas é muito amor envolvido para a chegada do mais membro da família.
A previsão é que o parto seja realizado entre os dias 20 e 29 deste mês e, segundo Patrícia, eles estão contando os dias.
Por Ianara Garcia, TV Centro América