Doar sangue é um ato de heroísmo; saiba como doar

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Não é preciso de muito para ser um super-herói. Reservar uma hora do seu dia já seria o suficiente para salvar até quatro vidas e ser o herói de alguém. Doar sangue pode parecer algo difícil de se fazer, mas o principal, depois do poder doar, é querer.  Nosso primeiro herói dessa liga de superpoderosos se chama José Luiz de Morais, de 56 anos, que começou a doar sangue há 10 anos e agora se tornou um doador fidelizado, inclusive, de plaquetas e medula óssea.

“Doo quatro vezes ao ano e para mim é um ato de solidariedade. Sinto prazer em saber que ajudo a vida de alguém. Não tem dinheiro que pague isso”, afirma o contador aposentado que também incentivou a esposa e a filha de 28 anos a serem doadoras.

Porém, a filha de José Luiz, Anna Flávia de Lucca Morais, demorou um tempo para conseguir estar apta a doar. “Sempre tive vontade, mas por conta do peso e da pressão baixa não dava certo”, conta a advogada. Por saber da raridade do sangue (O-), que é compatível para todos os tipos sanguíneos, a motivação continuou e Anna buscou todos os meios para conseguir concretizar suas doações.

“Tudo é questão de adaptação para poder doar. Sempre tive boa saúde por praticar exercícios e me alimentar bem. Como minha pressão normal é baixa, eu tento aumentar com alimentação ou ainda venho [doar] no final do dia, quando o meu corpo está mais ativo. Não podemos desistir, temos que conhecer o nosso corpo e seguir as orientações corretas”, ressalta.

A jovem recentemente se cadastrou como doadora de medula óssea, assim como o pai, e afirma que mesmo sabendo que o procedimento é mais invasivo, não tem receio nenhum quanto a isso. “As pessoas se submetem a várias cirurgias estéticas, às vezes por coisas tão pequenas, o que não tem problema nenhum. Então, não vejo problema em fazer uma cirurgia para ajudar outra pessoa. Me sinto muito segura quanto ao procedimento, a cirurgia, enfim, não tenho medo”, afirma Anna que também já manifestou à família que deseja ser doadora de órgãos.

CAMPANHAS INCENTIVAM DOADORES 

Melissa Pinheiro, 26 anos, foi influenciada por campanhas de doações que falavam sobre a necessidade de repor os estoques de bancos de sangue e começou a se voluntariar há cerca de três anos. “Muitas pessoas precisam e como eu posso ajudá-las me sinto muito bem e feliz com isso. Sempre comento com outras pessoas para doarem, é um ato simples e bom”, incentiva ao dizer que também pretende se cadastrar como doadora de plaquetas e medula óssea.

Os irmãos Rafael e Renato Feliciano fazem questão de fazer a doação de sangue juntos. Rafael começou a doar após se deparar com um ônibus do MT Hemocentro na região central de Cuiabá, há cerca de 10 anos, e quando soube que o irmão também doava, ambos decidiram se unir para doar. “Somos muito unidos e gostamos de fazer várias coisas juntos. Agora também somos doadores de plaquetas e todo mês a gente marca para fazer a doação”, relata Rafael. Ele também incentivou a esposa e sempre divulga a importância da doação em suas redes sociais.

Rafael relata que já doou sangue para alguns familiares e conhecidos que precisaram e diz que a sensação de ajudar é muito satisfatória. “Me sinto um ser humano mais realizado e honrado em poder ajudar o próximo. Porque tem pessoas que querem ser um doador e infelizmente, por um motivo de saúde ou outras questões, não podem. Então se Deus me deu essa oportunidade é para que eu possa ajudar alguém”, sintetiza.

COMO DOAR? 

Para doar é preciso preencher alguns critérios, a maioria deles é ligada à saúde e ao bem-estar dos super-heróis e heroínas.

A doação de sangue é um procedimento basicamente rápido. Após a entrevista sobre o histórico de saúde e coleta de informações sobre o doador, ele faz a doação em exatos 15 minutos. Dentro desse tempo são coletados no máximo 450 ml de sangue. E a recuperação é imediata, não afetando a saúde do doador.

Depois da doação, o herói ou heroína recebe um lanche. Inclusive, poderá solicitar os resultados dos exames que detectam infecções como Aids, sífilis, doença de Chagas, HTLV I/II, hepatites B e C. Todo sangue doado é separado pelas hemácias, plaquetas e plasma.

“Por isso a doação é tão importante, porque em apenas uma coleta pode ajudar até quatro pessoas”, explica Ariadeny Allyne da Silva, gerente de doação do MT Hemocentro.

BANCO DE SANGUE 

O estoque do MT Hemocentro é bem oscilante por ser o principal banco de sangue estadual que atende todos os hospitais da capital e do interior, sendo abastecedor nos casos de emergências e aos pacientes internados. De acordo com Ariadeny Allyne, o fator RH negativo é o que está mais baixo no estoque: A-, B-, AB- e O-.

“Nós temos uma capacidade de cada tipo sanguíneo para estoque para

três dias, por isso é muito importante termos doadores diariamente”, explica a gerente. Ela conta que o MT Hemocentro tem capacidade média diária de atender 80 voluntários. O atendimento mensal de pacientes hematológico é de 160 ao mês, isso apenas dentro do MT Hemocentro.

ONDE DOAR 

O MT Hemocentro fica localizado na Avenida 13 de Junho, n° 1055, centro de Cuiabá. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30. Além disso, também há a coleta itinerante através do ônibus que atendem em pontos estratégicos conforme a agenda da campanha se colocando à disposição da sociedade. Empresas que queiram firmar parceria podem entrar em contato através do (65) 3623-0044.

 

 

 

Fonte: Jornal O Estado de Mato Grosso | Foto: Reprodução

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