Deputados colocam “panos quentes” ao fato de Pinheiro não ter sido avisado sobre decisão de Mendes

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Após coletiva nesta última quinta-feira (02), do governador democrata Mauro Mendes, para anunciar sua decisão em realizar uma requisição administrativa dos bens e serviços da Santa Casa de Misericórdia, ao assumir o controle do filantrópico, alguns deputados estaduais, dentre eles a presidente da Casa de Leis, Janaina Riva (MDB), optou em colocar ‘panos quentes’ ao fato do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (do mesmo partido), não ter sido convidado para a coletiva de imprensa do chefe do Executivo estadual.

 

Sem alarde, mas em conversa com jornalistas, os deputados reafirmaram a disposição do Parlament, em repassar os R$ 3,5 milhões para ajudar o Governo do Estado a reabrir a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. E ainda que os recursos já estariam disponibilizados, agora com condições administrativas para que o hospital pudesse recebê-los. E, sobretudo, que a decisão governamental teria recebido o apoio da Prefeitura de Cuiabá; em uma forma elegante de colocar fim às possíveis rusgas entre os dois gestores [Pinheiro e Mauro].

 

Já o prefeito cuiabano – momentos antes do anúncio à imprensa -, negou ter sido avisado da decisão de Mendes. Entretanto, ele [Pinheiro] não teria ficado chateado com o fato. Ao contrário, sua disposição era comemorar a medida do chefe do Executivo estadual. ‘Estou feliz. Vou até tomar uma cerveja para comemorar’, ainda disse Emanuel, após admitir ter sido deixado de fora da reunião e do anúncio governamental.

 

Pinheiro ainda argumentou que o município não tinha condições de assumir o controle do hospital, voltando a bater na tecla que, aliás, seria mesmo o Estado o mais preparado para assumir o filantrópico por possuir maior estrutura.

 

‘Nessa relação a parte mais forte é o Estado. Além do que os serviços são de alta complexidade, ou seja, de obrigação do Estado e da União. Cuiabá não tinha a menor condição de intervir e trazer um problema de uma instituição privada de alta complexidade para dentro da prefeitura. Só iríamos fazer em último caso’, ainda reinterou Emanuel.

 

Só para lembrar no último dia 22 de abril o prefeito de Cuiabá, admitiu à jornalistas que seria um dos sócios da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que é uma instituição privada. Com uma lista de sócios que vêm sendo mantida guardada à sete chaves.

 

De acordo com um de seus sócios, o ex-diretor da unidade, o médico Antônio Preza, seriam pelo menos 100 pessoas. Já o atual diretor Luiz Henrique Saboia, a lista chega somente a 45 sócios. Chamando, inclusive, de contrassenso a decisão do Governo do Estado de não realizar a intervenção, que seria a tomada de todas as dívidas da unidade de saúde, mas somente arcar com os mais de sete meses de atraso salarial dos servidores, deixando as dívidas com bancos e fornecedores por conta dos sócios do hospital.

 

A Santa Casa de Misericórdia é um hospital filantrópico criado em 1717. Com 202 anos de existência, acumula um déficit de R$ 80 milhões por ano. Os salários dos funcionários da unidade hospitalar estão atrasados há mais de sete meses, além de acumular dívida de cerca de R$ 118 milhões, entre folha de pagamento e fornecedores.

 

 

 

Credito: OBomdaNoticia

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