Depressão uma doença silenciosa que tem matado milhares de cuiabanos

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Rafael Medeiros Da Redação

Pelo telefone, no Centro de Valorização da Vida (CVV), chegam diariamente centenas de pedidos de socorro. De acordo com estudos feitos pelo órgão, Cuiabá é a quarta cidade onde mais pessoas procuram por ajuda.

São milhares de famílias se sentindo solitárias e abandonadas. A solidão é a mais constante reclamação feita aos voluntários do CVV.

‘’O telefone chama três vezes, não importa à hora, alguém vai atender e oferecer ajuda. Ouvimos histórias chocantes, pessoas desesperadas, triste e ao ponto de tirar a própria vida. A única coisa que fazemos é ouvir e ouvir. ’’ Diz Isaura voluntaria do CVV

Solidão é apenas um dos componentes da depressão, uma doença silenciosa que atinge milhares de pessoas e pode ter conseqüências traumáticas e profundas para quem é afetado.

A mídia não divulga a maioria dos casos, mas no último relatório da Organização Mundial da Saúde, aponta que no Brasil acontece em média, 1 suicídio por hora.

Em Mato-Grosso o registro de suicídio aumentou 30% nos últimos quatro anos, a cada 10 pessoas 3 tiram a vida antes de chegar aos 30 anos de idade.

Tomada por um quadro grave de depressão, a jovem evangélica Meirejaine Teixeira, 24 anos, foi encontrada morta no quintal da casa onde morava em Cuiabá. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que o movido da morte foi suicídio.

Nas redes sociais a jovem mostrava que estava sofrendo com a perda da mãe, que morreu há alguns meses vítima de câncer. Sem consolo na igreja a jovem se despede pelo facebook e se mata.

Normalmente os sintomas mais comuns são a diminuição de apetite ou distúrbios da alimentação, alterações no sono ou cansaço excessivo, sonolência e exaustão, mesmo após ter dormido várias horas.

Observa-se também uma diminuição da socialização, uma maior tendência ao isolamento em relação aos amigos e familiares. Não menos comum é o aparecimento de comportamentos hostis e agressivos, como uma exacerbação da tendência natural dos adolescentes de agir ao invés de falar.

Numa sociedade moderna, de muita tecnologia e informação, o diálogo em família não pode faltar e pode fazer a diferença não apenas para manter a boa convivência, mas também para evitar a solidão, combater a depressão e os casos de suicídios.

Quem precisa de ajuda deve procurar o Centro de Valorização da Vida pelo telefone 141, que realiza um trabalho de apoio emocional e prevenção a casos como esse.

O atendimento é feito de forma voluntária e gratuita.

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