Roeu a corda
Decotelli não aguentou a pressão e roeu a corda na tarde dessa terça-feira (30). O recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva pediu demissão da pasta antes mesmo de tomar posse. Parte da culpa talvez tenha sido das informações duvidosas sobre a sua vida acadêmica. Agora, cá entre nós, na falta de notícias drásticas relacionadas à Covid-19, a Rede Globo o pegou como novo “cavalo de batalha” para atingir o presidente Jair Bolsonaro. O presidente já havia deixado claro que não ia passar a mão na cabeça de ninguém e até puxou o freio da nomeação. A conversa ao pé do ouvido entre Decotelli e Bolsonaro ontem, certamente, foi determinante para o recuo do ex-novo ministro.
Moeda de troca
Velhas práticas
C
onsenso entre especialistas em saúde pública ouvidos pelo Congresso e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o adiamento das eleições municipais, previstas inicialmente para 4 e 25 de outubro, enfrenta um obstáculo político. Deputados estudam condicionar a aprovação do texto ao avanço de outros projetos e à liberação de recursos públicos da União. As negociações envolvem aumento do prazo de auxílio a municípios e retomada da propaganda partidária.
Corpo mole
Pessoalmente, não vejo problemas em juntar congressistas para uma votação mais consistente. Nem precisam e nem podem ir ao plenário por conta da Covid-19. Bastam ligar o ar condicionado e acessar a Internet via computador e pronto, estarão interligados numa mega sessão do pleno. Por se tratar de mudança constitucional, o adiamento das eleições precisa de apoio de três quintos do Congresso, não apenas de maioria simples, e em duas rodadas de votação. É claro que se quiserem tudo acontece a contento. O que não pode é corpo mole ou oportunismo de plantão.
Pelas beiradas
Beneficiados pela exposição que ganharam na pandemia, mas com medo de chegar ao fim do ano com rombo nos cofres públicos, prefeitos têm contrariado recomendações de especialistas de diversas áreas e pressionado a Câmara a não mudar as datas das eleições municipais deste ano, previstas para 4 (primeiro turno) e 25 de outubro (segundo turno). A alteração foi proposta ao TSE por médicos infectologistas, cientistas, juízes e acadêmicos do direito. Tem prefeito comendo o mingau pelas beiradas, é claro.
Fiel da balança
Demorou
Após grupos de investidores estrangeiros ameaçarem deixar o país por conta do desmatamento na Amazônia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, saiu em defesa da política ambiental do governo Bolsonaro. Para Guedes, “nossa imagem está muito ruim lá fora, até mesmo uma parte de nós falamos muito mal do País. Lá fora há muito oportunista protecionista, como a França, que é uma parceira, investe aqui, mas não quer que exportemos produtos agrícolas para lá. Os Estados Unidos querem entrar com etanol no Brasil e não aceitam açúcar brasileiro lá”, afirmou, nesta terça-feira (30).