Cresce o número de moradores de rua em Cuiabá, diz levantamento; idoso de 98 anos é um dos 150

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Os andarilhos que vivem nas ruas de Cuiabá estão sendo cadastrados e acolhidos pelo projeto ‘Quero Te Conhecer’, da Secretaria Municipal de Assistência Social. Um levantamento feito pelo projeto apontou que a maior parte da população de rua é de homens jovens com idade entre 22 e 31 anos.

Conforme o levantamento, em 2017, foram cadastrados 125 moradores de rua. Já em 2018, o número subiu para 150.

Projeto busca ajudar moradores de rua — Foto: TVCA/Reprodução

O projeto, segundo a secretaria, busca acolher os andarilhos, saber a origem deles, o que precisam, se querem procurar a família, entre outras ações de acolhimento.

“Também procuramos saber se eles têm interesse em retornar para a cidade de origem, se têm familiares aqui e há quanto tempo estão em situação de rua”, disse a secretária-adjunta de Assistência Social, Hellen Ferreira.

Gutierrez Fernandes, de 98 anos, saiu de Macapá e está morando nas ruas de Cuiabá há quase dois anos. Ele revelou que os familiares já morreram e, desde então, ele vive sozinho.

“Um dia a gente come, no outro não. É uma situação triste, porque não tenho parente, a família toda já morreu. O que eu posso fazer?”, lamentou.

A maioria da população de rua é de homens jovens com idade entre 22 e 31 anos — Foto: TVCA/ Reprodução

Nilson Pereira de Souza, que também é morador de rua, disse que saiu de casa após um desentendimento com a família.

“Vivo com o alimento as pessoas dão, mas coberta e roupa não tenho. Eu amo minha filha, de vez enquanto ela entra em contato para saber onde estou. Quero sair dessa vida, mas eu preciso de um empurrão”, contou.

A secretária informou que as pessoas que vivem nessa situação e precisam de ajuda deve entrar contado com alguma unidade de assistência social do município.

Atualmente, Cuiabá possui dois Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), três unidades de acolhimento institucional e a Pastoral dos Migrantes.

“Temos telefones para contato. Qualquer pessoa pode ligar para nossa equipe. Essa é a melhor maneira de ajudar essa população”, pontuou Hellen.

Fonte: G1 | Foto: Reprodução

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