Isolamento social faz aumentar o número de “casado, mas procurando”
Com as restrições impostas pela necessidade de isolamento social, constatou-se o crescimento no número de pessoas em busca de um relacionamento virtual. Não só por aqueles que desejam aplacar os momentos de solidão, mas também por aqueles que querem aproveitar o momento e selecionar com mais critério os seus prováveis parceiros. Ao mesmo tempo, observou-se que o número de “casado, mas procurando” tem registrado sucessivos recordes. A procura por relações extraconjugais, talvez provocadas pela intensa convivência e conflitos com o parceiro oficial, é um dos muitos reflexos da insatisfação provocada pela quarentena.
Na plataforma de relacionamento sugar MeuPatrocínio, a pioneira no Brasil, o crescimento foi da ordem de 80% no número de cadastros semanais. Antes do início da quarentena, 20 mil novos cadastros eram realizados semanalmente, hoje, o MeuPatrocínio está atendendo 36 mil novos usuários no mesmo período. Outra diferença observada foi o tempo de permanência no site, cerca de 90 minutos diários, contra os 30 minutos da média anterior. Os usuários estão mais focados nas telas de mensagens, listas de destaques e buscas. Antes da pandemia, a plataforma registrava 136 mil mensagens enviadas por dia. E, atualmente, mais de 1 milhão de mensagens são trocadas entre os usuários.
Verifica-se que, apesar do aumento na procura por casos extraconjugais, o risco de traição sempre esteve presente nos relacionamentos. Não foi a pandemia a única responsável pelo crescimento de “casados, mas procurando”. A ideia de buscar algo fora da relação oficial já estava latente, já existia anteriormente. O isolamento e o desgaste natural de uma convivência 24h por dia só abriram a porta para uma nova possibilidade. Aceitar ou não a modalidade de “relacionamento paralelo”, sem juízo de valor, cabe aos envolvidos.