Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deve colher nesta quarta-feira (7), às 9h30 (10h30 no horário de Brasília), o depoimento do servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Valdecir Cardoso de Almeida, que instalou uma microcâmera para gravar políticos recebendo suposta propina.
O depoimento de Valdecir estava previsto para o dia 7 de fevereiro, mas ele não compareceu e alegou motivos pessoas. Com isso, a oitiva foi remarcada.
Pinheiro é investigado por causa das imagens em que aparece, junto com outros políticos, recebendo dinheiro supostamente de propina no gabinete do à época chefe de gabinete do então governador do estado Silval Barbosa, também do MDB. Ele nega sido beneficiado com esquema de propina no governo.
As gravações foram feitas com uma microcâmera que, segundo Sílvio Corrêa, foi instalada por Valdecir Cardoso.
As imagens fazem parte do conjunto de provas entregue nos acordos de delação premiada do ex-governador e do ex-chefe de gabinete, firmado com a Procuradoria Geral da República (PGR), no ano passado.
O dinheiro seria propina para que Emanuel apoiasse os projetos do Executivo na época em que era deputado estadual, conforme Silval Barbosa disse em depoimento à CPI no dia 23 de fevereiro.
Depois que os vídeos da delação foram divulgados, porém, Valdecir protocolou em cartório uma declaração em que dizia que o dinheiro pago a Emanuel não seria propina, mas pagamento de pesquisas eleitorais feitas pelo irmão do prefeito.
Dinheiro de propina
À CPI, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa, disse, em depoimento prestado no dia 16 à CPI, que o dinheiro que Emanuel Pinheiro aparece recebendo em vídeo é de propina. Emanuel nega sido beneficiado com esquema de propina no governo.
O mesmo foi dito por Silval Barbosa. Segundo ele, o dinheiro foi entregue como parte de um acordo para aprovação de obras e projetos da Copa do Mundo de 2014, MT Integrado e outros programas do governo.