Congresso baixa a guarda e Executivo avança para aprovar novas medidas contra crise na economia

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Rasga seda

Ao que tudo indica o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o presidente da República, Jair Bolsonaro, hastearam a bandeira branca. Maia disse não se incomodar com os movimentos de aproximação do Centrão com Bolsonaro e que a tentativa de construção de uma base governista facilita seu trabalho. Bolsonaro, por sua vez, parou de cutucar Maia com vara curta.

Segunda onda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acendeu hoje a luz vermelha para o que ele chama de segunda onda da crise, ou colapso do sistema motivado pela pandemia da Covid-19. Guedes citou as medidas tomadas pelo governo, as quais, segundo ele, preservaram mais de 5,5 milhões de empregos com programas criados. Mesmo assim, segundo Guedes, o comércio já sentiu o baque, a indústria já vive momento difícil e a economia está começando a colapsar. O setor industrial representa 45% do PIB, 65% das exportações e 30 milhões de empregos diretos e indiretos.

Reajuste zero

Por conta da crise generalizada, Paulo Guedes orientou o presidente Jair Bolsonaro que vete o aumento de salários do funcionalismo público até dezembro de 2021 previsto como contrapartida para o socorro a Estados e Municípios. “A contribuição que pedimos era não haver aumento do funcionalismo”, ressaltou Guedes. Bolsonaro já antecipou a decisão dele: vai vetar qualquer reajuste. Aumentar salário de servidores na crise seria “traição” ao povo, justificou Guedes.

 

Regra de ouro

As atenções do Congresso para a próxima semana estarão voltadas para a proposta de crédito suplementar em que o Poder Executivo pede autorização para quitar, por meio de endividamento, despesas correntes de R$ 343,6 bilhões (PLN 8/2020). Se aprovado o texto, o governo poderá contornar a chamada “regra de ouro” em 2020. A proposta precisa ser aprovada por maioria absoluta, pelo menos 257 deputados e 41 senadores.

 

 

Correndo atrás

Pelo menos 96 milhões de pessoas acessaram o aplicativo do auxílio emergencial de R$ 600 até ontem. Desses, 50,5 milhões são elegíveis para receber o benefício segundo o ministério da Cidadania. No entanto, um estudo aponta que, no cenário mais grave, 112 milhões de brasileiros, mais da metade da população, poderá ter de receber auxílio emergencial em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Os dados fazem parte de um estudo elaborado pelo IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado Federal.

 

Tudo de novo

Nos próximos dias veremos uma nova leva de pessoas nas portas das agências da Caixa. É que a data para pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 pode ser anunciada nesta sexta. O ministério da Cidadania estuda a possibilidade dos Correios também efetuarem as operações, o que aliviaria o movimento de pessoas nas filas da Caixa.

 

Lockdown

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, reconheceu hoje que poderá ampliar no Brasil as cidades com lockdown, uma espécie de bloqueio total para que as pessoas fiquem em casa. A medida restritiva já foi confirmada em algumas cidades do Pará, em Fortaleza e na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No Maranhão, começou a valer na região metropolitana de São Luís na terça-feira.

 

 

Marcha a ré

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou hoje que as medidas de quarentena (lockdown) para conter a disseminação do coronavírus significam uma ameaça de aumento nos níveis de pobreza relativa entre os 2 bilhões de trabalhadores informais pelo mundo. A OIT lembra que nos países mais pobres essa categoria representa até 56% do total de pessoas em atividade. Esses trabalhadores estão nos setores mais atingidos, como alimentação e varejo, ou em pequenas unidades mais vulneráveis a choques.

 

Pobre Arnault

O bilionário mais rico da Europa, Bernard Arnault, perdeu US$ 30 bilhões e desce três posições em ranking. Por outro lado, o concorrente ao posto de homem mais rico, Jeff Bezos, CEO da Amazon, viu sua fortuna crescer no mesmo valor nesse período. Bezos atualmente possui um patrimônio de US$ 142 bilhões, contra US$ 74,6 bilhões de Arnault, que caiu para quarto na lista dos ricaços, atrás de Bill Gates e Mark Zuckerberg. Será que Arnault foi vítima dos efeitos da Covid-19?

 

 

 

 

Água no PIB

Segundo o IBGE, o Brasil precisa de 6,3 litros de água para gerar R$ 1 na economia. O estudo mostra a utilização e o retorno econômico do recurso natural no país em 2017 e revela que o setor agrícola foi responsável pelas maiores vazões. O relatório faz parte de uma estratégia internacional de, no futuro, colocar a água no cálculo dos PIBs nacionais e global.

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