Comerciantes fixam faixa de protesto após furtos na Prainha

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Proprietários de comércios localizados atrás da Praça Bispo Dom José, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), em Cuiabá, fixaram uma faixa em frente a uma das lojas em protesto contra as invasões e furtos que têm ocorrido na região.

 

A faixa, com os dizeres “os comerciantes pedem socorro; a cada quatro dias um comércio é arrombado”, foi fixada em frente a loja de José Braga Tabosa, nesta segunda-feira (2), após o local ser furtado durante a madrugada.

 

Depois de colocar a faixa, a loja de José, que funciona no local há mais de 14 anos, foi invadida e furtada novamente nesta terça-feira (3).

 

Conforme o Boletim de Ocorrência registrado pelo comerciante, 45 camisetas, 250 bonés, 60 carteiras, 120 pingentes, 200 correntes, 15 mochilas, 300 anéis, 180 pulseiras e 200 cartelas de piercing foram levadas pelos criminosos.

 

José ainda não estimou o prejuízo que teve, porém, contou que perdeu mais de R$ 2 mil apenas com os bonés levados.

 

Para tentar conter o criminoso, José afirmou que pretende investir cerca de R$ 10 mil em segurança na loja. Ele revelou que vai trocar o forro convencional por chapas de ferro, já que os bandidos costumam entrar pelo telhado.

 

José Braga Tabosa/Arquivo Pessoal

De acordo com José Tabosa, criminosos entraram pelo telhado da loja

“Tenho outra loja também na Avenida Prainha e já perdi as contas de quantas ela foi invadida. Nessa região, tem pessoas que já tiveram o comércio invadido mais de quatro vezes só esse mês. Uma loja de artigos religiosos que fica no local já foi furtada mais de cinco vezes só neste mês. O problema é que não é todo mundo que faz o BO”, disse.

 

O comerciante contou que após criminosos invadirem uma farmácia localizada na mesma rua e levarem toda a mercadoria, o proprietário decidiu fechar as portas.

 

“Vou tentar resolver o problema reforçando a segurança. Se isso não der certo, nem sei o que fazer. Minha família trabalha comigo, então, a loja é a única fonte de sustento de outras pessoas também. Se eu tiver que fechar, não vou passar necessidade sozinho”, explicou.

 

De acordo com José, a reinvidicação dos comeciantes é de que rondas policiais sejam realizadas na região, além de uma limpeza no terreno que fica nos fundos, onde está localizado o Morro da Luz, conhecido pela grande quantidade de pessoas em situação de rua que acabam fazendo o local de abrigo.

 

Ele também afirmou que pretende mudar a faixa, já que em três dias a loja dele foi invadida duas vezes.

 

“Estamos vivendo uma inversão de valores. Vivemos pressionados pelos bandidos e pelos constantes aumentos de impostos do Governo. Estamos presos”, desabafou.

 

Foto: MidiaNews

Foto: Alair Ribeiro

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