Começam as aulas do curso de “Contação de Histórias” aprovado pelo edital de cultura do Município

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Os alunos são formados, em sua maioria, por educadores e artistas que estão aprendendo a mesclar o teórico e o prático, com técnicas e dinâmicas que apontam a natureza simbiótica da arte e educação.

O projeto, aprovado em edital de Cultura da Prefeitura de Cuiabá, para o curso “Seja um Contador de Histórias” ministrado pela arte-educadora Alicce Oliveira, deu início às atividades neste sábado (02), no Instituto de Educação da UFMT. Foram selecionados quarenta candidatos para participar do curso que ilustra as minúcias da contação de histórias. As aulas acontecem sempre aos sábados e vão até o dia 23 de junho, das 8h às 17h.

Os participantes, selecionados em um universo de 334 interessados que se inscreveram, foram convidados pela artista a formar uma roda para ouvir a primeira contação do dia. Alicce então se pôs a narrar a clássica história do ‘Homem do Saco’, exemplo de conto passado de geração em geração e que toma contornos vários dependendo do lugar e dos elementos regionais adicionados a ele.

“Estas histórias que em suas várias versões existem no mundo todo, são como presentes para os ouvintes, elas acalentam o coração, estimulam a imaginação, nos aproximam do gosto pela leitura. Além é claro, de reverberar na mente e nos fazer refletir, já que mesclam histórias reais com a imaginação popular, e representam uma verdade a partir do momento que um contador passa a narrá-las”, explicou Alicce Oliveira.

A artista falou ainda da importância de buscar boas referências literárias para se tornar um bom contador de histórias, e em seguida deu continuidade às dinâmicas de aprendizagem, versando sobre uma série de temas que ambientou os alunos sobre como ocorre o processo de preparação para se descobrir narrador de histórias. Tão logo terminou a explanação, pediu que os participantes dissessem seus nomes, acompanhados de um gesto que simbolizasse a si próprio, ação que era copiada por todos os presentes.

A proposta foi aproximar-se do parceiro, em silêncio, tentar imaginar somente por meio do toque das mãos, a personalidade e história de vida da pessoa. Em seguida cada um cria uma fábula onde os animais fossem a personificação do parceiro estudado.

A empatia que se cria com seu interlocutor é primordial para contar histórias, precisamos nos conhecer e conhecer o outro”, disse Alicce. Ao término da dinâmica, os inscritos relatavam suas impressões – na maioria positivas -, sobre a vivência proposta.

“Eu me vi na descrição do meu parceiro”, contou um dos alunos. “Eu tenho problemas com quem me toca, mas a minha colega soube me descrever com precisão”, relatou outro participante.

“É preciso ter em mente que para se tornar um contador de história profissional é preciso também, gostar de ler, e não se enganem: a leitura exige muita dedicação, entrega e compromisso”, destacou Alicce Oliveira, que há mais de 15 anos atua na área.

Sobre as parcerias, a produtora executiva, Mazé Oliveira ressaltou que o projeto provado pelo edital do Fundo Municipal de Apoio e Estímulo à Cultura, da Prefeitura de Cuiabá, é bancado pelo cidadão via o pagamento de impostos, e isso tem que ser levado em consideração, pois tem um custo alto.

“Então precisamos aproveitar estas oportunidades, a estrutura oferecida por nossos parceiros, pois quem trabalha com arte sabe da dificuldade de encontrar espaços para exercer nosso trabalho, quem trabalha com arte conhece a fragilidade da rede que nos sustenta”.

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