O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Sinop promoveu, no mês de março, a capacitação de profissionais ligados ao Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, à Secretaria de Assistência Social e à Entidade Qualificadora de Aprendizagem Profissional do município de Lucas do Rio Verde, localizado a 334 km de Cuiabá. O objetivo do evento foi o de expor os prejuízos decorrentes do trabalho infantil e fortalecer a rede de combate à exploração da mão de obra da criança e do adolescente. A iniciativa também se insere no contexto do Planejamento Estratégico do MPT em Mato Grosso.
A coordenadora regional da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do MPT, Thalma Rosa de Almeida Furlanetti, conduziu a capacitação e ministrou quatro palestras: “Mitos e Verdades sobre o Trabalho Infantil”, “Piores Formas de Trabalho Infantil”, “Função do Ministério Público do Trabalho no combate ao Trabalho Infantil” e “Legislação Básica sobre trabalho infantil. A procuradora do MPT também exibiu vídeos e promoveu dinâmicas e debates para conhecer o dia a dia dos conselheiros e a realidade da região.
Segundo a procuradora, as dificuldades encontradas para desconstruir os paradigmas envolvendo a aceitação do trabalho infantil devem ser enfrentados por todos, com a utilização das ferramentas que cada ator social dispõe em sua atuação, especialmente conselhos tutelares e entidades ligadas à rede de proteção da criança e do adolescente, que são aliados fundamentais em razão de sua grande capilaridade, possibilitando o conhecimento de realidades por vezes desconhecidas. “O MPT, por meio da PTM de Sinop, vem procurando estabelecer ações coordenadas com parceiros para erradicação do trabalho infantil. Nesse sentido, é de suma importância que os laços sejam estreitados e os parceiros sejam capacitados e orientados”.
Ela ainda afirma que a sociedade só tem a lucrar com essa aproximação. “O ganho social da atuação conjunta e eficiente será sentido logo ali na frente. E isso é muito importante para que seja revertida a tendência de perpetuação do ciclo de miséria e exclusão social, que tem nas crianças e adolescentes explorados pelo trabalho infantil suas principais vítimas”, concluiu.