Clínica de estética é fechada em Cuiabá sem licença de funcionamento, falta de higiene e materiais vencidos

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Uma clínica de estética que funcionava de forma irregular em Cuiabá foi fechada na quarta-feira (28), por falta das devidas licenças de funcionamento, sem condições de higiene. Vários produtos fora do prazo de validade foram apreendidos e a proprietária foi encaminhada à delegacia. A ação foi realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) e Vigilância Sanitária (Visa).

Responsável pelo estabelecimento, Márcia Maria Rodrigues Rino, 53 anos, se apresentou com outro nome e não possuía formação técnica para aplicar os serviços oferecidos na clínica. Ela foi conduzida à Decon e responderá pela prática de induzir o consumidor a erro, exercício ilegal da profissão, exercício ilegal da medicina e propaganda enganosa.

A clínica da suspeita, conhecida como Centro de Estética Corpo e Imagem, localizada no Bairro Jardim Pauliceia, em Cuiabá, se tornou alvo de investigação após denúncia de que o estabelecimento atuava de forma irregular praticando procedimentos invasivos que poderiam causar danos às vítimas. Ainda segundo as informações, a proprietária do centro de estética não possuía formação específica na profissão.

A vítima procurou a Decon depois de fazer um procedimento na clínica, conhecido como “Expossoma de Girassóis”, em que ficou com vários hematomas. Segundo a vítima, após a primeira sessão, ela chegou a retornar à clínica, ocasião em que fez fotografias comprovando os hematomas, mas depois não conseguiu mais marcar horário com a suspeita, que sempre alegava estar com a agenda cheia e era supostamente agressiva.

Os serviços eram anunciados no Facebook, onde eram divulgados diversos procedimentos privativos de médicos dermatologistas, através de aplicações com agulhas com produtos de origem duvidosa, aplicação de botox, aplicação de hidrolipo, aplicação de ácido hialurônico, para tirar “bigode chinês”, marcas de expressão no rosto, e diversas outras propagandas de produtos supostamente para “rejuvenescimento”.

Com base na denúncia, as equipes da Decon e da Visa foram até o estabelecimento e foram recebidas pela proprietária da empresa que se apresentou como Cláudia.

Durante o trabalho de fiscalização, foi constatado que o local estava em condições higiênicas sanitárias precárias, extremamente insalubre, além de serem encontrados materiais, em tese, privativos de médicos, e diversos produtos vencidos, como agulhas, seringas, estetoscópio, entre outros.

Segundo o delegado da Decon, Antônio Carlos de Araujo, também não foi comprovado que a suspeita possuía a formação técnica para o exercício da atividade.

Durante todo tempo, em que as equipes estiveram no local, a mulher se apresentava como Cláudia, porém ao chegar na Decon, admitiu que mentiu, revelando seu verdadeiro nome. Todos os produtos irregulares encontrados no estabelecimento foram apreendidos pela vigilância sanitária.

O local foi interditado por não apresentar licenças de funcionamento e alvará sanitário, evidenciando eminente risco a saúde pública.

A suspeita possui condenação anterior por denunciação caluniosa e por furto qualificado. Há suspeitas de que ela aproveitava o momento em que as pacientes estavam sedadas ou fazendo algum procedimento, para pegar seus cartões de crédito e fazer compras pela internet.

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