Chuva ainda é insuficiente para conter o fogo no Pantanal

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Chuvas têm sido registradas nos últimos dias na região do Pantanal, em Mato Grosso.

No entanto, as pancadas têm sido isoladas e ainda não foram suficientes para apagar totalmente os incêndios florestais, que já devastaram aproximadamente 30% do bioma, no Estado.

A expectativa ainda é por maior volume de água pluvial para conter de uma vez os focos.

Entre os municípios de Barão de Melgaço e Poconé, as precipitações foram registradas em pontos isolados, o que significa que algumas localidades não tiveram a quantidade de água esperada.

“Por exemplo, ao norte, próximo à Reserva do Sesc Pantanal teve a incidência de chuva contribuindo sobremaneira para a melhoria de alguns fatores. Contudo, em Porto Jofre e na região do Parque Nacional do Pantanal, ainda existem focos ativos e, infelizmente, ainda não tivemos essa chuva e, consequentemente, os incêndios ainda permanecem, mas com investimento dos nossos recursos operacionais com a operação Pantanal II”, disse o tenente-coronel Dércio Santos da Silva, coordenador do Comitê Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman).

No domingo (11), segundo ele, houve a extinção de duas frentes de fogo, que teriam sido provocadas por rompimento de rede de energia elétrica.

Paralelamente ao combate, há ainda ações de perícia da origem ou causa dos focos, fiscalização e resgate de animais silvestres. “Por mais que ocorreram redução dos focos ativos ainda permanecemos no local”, destacou reforçando a criação de uma força-tarefa para o combate às chamas na região.

Em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá), o fogo chegou próximo do Santuário dos Elefantes, mas a situação já foi controlada.

“O fogo se afastou e as condições melhoraram e de ontem (domingo) para hoje (segunda-feira) não têm focos ativos em Chapada dos Guimarães”, informou.

As informações foram dadas à TVCA (Rede Globo).

PROIBIÇÃO – Vale lembrar que o Governo de Mato Grosso estendeu o período proibitivo de queimadas até 12 de novembro próximo em todo Estado.

O ato normativo está em consonância com o decreto federal n 10.524/2020 que proibiu o uso do fogo em todo Brasil por um período de 120 dias.

A prorrogação levou em consideração as condições climáticas severas que favorece a propagação de incêndios florestais de grandes proporções.

Com isso, na área rural seguem suspensas as licenças de queima controlada emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT). No perímetro urbano, as queimadas são proibidas durante todo o ano.

A decisão de proibir o uso do fogo para manejo e limpeza de áreas também obedece aos princípios da prevenção e da precaução, tornando mais efetiva a execução do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais do Estado de 2020, conduzido pelo Comitê Estratégico para o Combate do Desmatamento ilegal, a Exploração Florestal ilegal e aos Incêndios Florestais (CEDIF-MT).

A decisão considera o aumento de focos de calor no estado no mês de julho com tendência a se agravar nos meses seguintes. A legislação prevê que o período pode ser prorrogado ou suspenso de acordo com as condições climáticas.

O período de estiagem favorece a incidência de incêndios florestais de grandes proporções, colocando em risco a saúde, qualidade de vida e segurança da população.

Para atendimento das ocorrências de incêndios florestais, deve ser acionado o número 193 do Corpo de Bombeiros. Já em caso de denúncias de queimadas nas áreas rurais o cidadão deve entrar em contato pelo 0800 647 7363.

Queimadas urbanas devem ser denunciadas na prefeitura do município de ocorrência, nas secretarias municipais de meio ambiente ou defesa civil municipal.

Fonte: Diário de Cuiabá

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