Centro de Informações Antiveneno do HMC traz resultados positivos em atendimentos

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O Centro de Informações Antiveneno- CIAVE, instalado no Hospital Municipal de Cuiabá “Dr. Leony Palma de Carvalho” – HMC, é referência no atendimento aos casos de envenenamentos por animais peçonhentos e não peçonhentos e pelos casos de intoxicações por diversos agentes. O setor funciona há 35 anos e o Dr. José Antônio de Figueiredo é o coordenador desde 1997. Ele conta que, durante esses anos, o CIAVE passou por várias mudanças.

“A humanização do atendimento, prioridade da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, é uma maneira de trazer resultados positivos na recuperação dos pacientes, e com o funcionamento do CIAVE dentro do HMC, evoluímos na qualidade dos serviços prestados, com incremento dos recursos humanos, melhoria estrutural, mobiliários, aumento no número de plantonistas nos turnos diurnos e noturnos e melhoria das bases de informações”, disse Dr. José Antônio.

Foram 913 atendimento durante o ano de 2021, com demandas recebidas não só da capital como de todo estado. O maior número de acidentes registrados foi com escorpiões, totalizando 463 casos, seguido por serpentes com 234 casos. Segundo o Dr. José Antônio, os casos de envenenamentos por serpentes e escorpiões são frequentes devido a sazonalidade dos acidentes por animais peçonhentos principalmente, e que leva em consideração o clima, além dos casos de intoxicações de uma maneira geral. “É no período chuvoso que acontece com mais frequência acidentes por animais peçonhentos, principalmente em locais próximos a grandes áreas verdes. Na nossa região, o tipo de serpente mais comum e que mais causa acidentes é a jararaca,” informou Dr. José.

O diretor geral Paulo Rós, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública- ECSP, que administra o HMC, ressalta que os pacientes quando chegam na unidade são atendidos primeiramente na emergência, sendo que os adultos são atendidos pelos clínicos e as crianças pelos pediatras. Os atendimentos são feitos de forma presencial e via telefônica pelos plantonistas do setor. “Temos o Disque Intoxicação- 0800 722 6001 – para esses casos. Os plantonistas do setor ficam responsáveis por acompanhar o paciente no atendimento feito pelos médicos plantonistas e por providenciarem os soros específicos para os diversos tipos de acidentes por animais peçonhentos e possíveis antídotos, caso exista para aquela determinada substância, através do contato com a vigilância epidemiológica do hospital”, explicou Rós.
Cuidados

Os cuidados em relação aos acidentes escorpiônicos, que são geralmente urbanos, são os de vedar frestas nas paredes das casas, limpar os terrenos baldios, colocar soleiras nas portas, afastar camas e berços das paredes, vistoriar roupas e calçadas antes de usá-los, manter quintais limpos, evitar acúmulo de entulhos, evitar colocar a mão em buracos sob pedras e troncos podres, evitar acúmulo de detritos e entulhos no terreno, principalmente aqueles que podem atrair baratas e servir de abrigo para escorpião, preservar os inimigos naturais de escorpiões, como aves de hábitos noturnos (coruja), sapos e galinhas d’angola.

Em relação aos acidentes ofídicos, a forma de prevenção é evitar andar em locais de muita mata e escuros, usar botas e luvas, principalmente quando for colocar a mão em locais que tenham pilhas de lenha ou pedras.
Orientações em casos de acidentes com animais peçonhentos e não peçonhentos e intoxicações

Em casos de picadas de cobra, escorpiões e aranhas, uma das orientações é levar o animal ao hospital, caso seja capturado, ou foto, para ajudar na identificação do tipo de acidente.

Nos casos de intoxicações de uma maneira em geral, ter cuidado com os medicamentos, guardar em locais distantes das crianças, para que não ocorra acidentes com relação à ingestão dos mesmos, cuidar dos produtos de limpeza doméstica, evitar mudança de recipientes de produtos químicos, pois às vezes as pessoas confundem e pode haver troca.

É importante ter cuidado também com as plantas, pois muitas são tóxicas. Evitar chás e não alimentar das mesmas sem saber qual o efeito tóxico das plantas, usar equipamento de proteção individual- EPI como luvas, óculos, jalecos, aventais e outros.

Nos casos de manipulação de venenos (inseticidas) e nos casos de intoxicações, sempre que o paciente for ao hospital, procurar levar as caixas ou recipientes dos produtos para ajudar no diagnóstico da intoxicação.
Disque-Intoxicação

A população e os profissionais de saúde contam com um 0800 para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações. O Disque-Intoxicação- 0800-722-6001.

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