Rafael Medeiros Da Redação
Mais de 400 famílias ocuparam as casas abandonadas do Residencial Jequitibá, em Várzea Grande. As obras foram abandonadas pela construtora Aurora em fevereiro de 2015 e, desde então, sofre com a ação do tempo e de criminosos, que furtaram telhas, jogos sanitários e até mesmo caixas d’água que foram estalados nas casinhas.
A invasão ocorreu na manha de sábado (14.04). O Jornal do Ônibus, conversou com algumas dessas famílias que invadiram o local. Revoltados, eles afirmam que só sairão do local diante de mandato judicial.
Desempregados, deficientes físicos, doentes, gestantes e idosos são as características da maioria que já se considera moradora do Residencial Jequitibá.
A jovem Francielly Oliveira, 23, junto com os filhos de 1 e 4 anos de idade, se alojaram em uma casa e agora, com a ajuda do irmão e da mãe, tenta arrumar o básico, como água e energia elétrica.
Ao Jornal do Ônibus, ela disse que tem como comprovar que é uma das que possivelmente seria beneficiada pelo programa.
‘’Eu sobrevivo apenas com R$ 200 do benefício do Bolsa Família, não vou deixar de comer, para pagar aluguel. Estamos dispostos a negociar, não queremos morar de graça. Vamos arrumar as casas aos poucos .. Um dia vamos pagar pelo financiamento’’, lamenta a jovem.
Em Nota
A Prefeitura de Várzea Grande informou que apesar do Residencial Jequitibá estar instalado no município, a responsabilidade ainda é da construtora Aurora e do Banco do Brasil, unidade financeira responsável pelo financiamento da obra.
O Executivo informou que apenas acompanhará a situação, podendo, inclusive, mediar uma possível solução, porém, sem tomar as responsabilidades que não lhe cabem.
