Por Michelle Cândido | Foto: Mailson Prado
Os vereadores de Cuiabá e Várzea Grande realizaram nesta sexta-feira (28), uma vistoria nas obras paradas do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), a fim de fortalecer a luta para conclusão do modal.
Participaram também da vistoria o vice-prefeito de Várzea Grande, José Hazama (PRTB), o promotor de Justiça Mauro Poderoso, representantes do Conselho Regional de Engenharia (CRE-MT), Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), além de técnicos da prefeitura e o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá, Juarez Samaniego.
Após a fiscalização, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), informou que os vereadores vão realizar uma audiência pública ou seminário na Ponte Sérgio Mota, que liga os dois municípios, com o objetivo de reunir os órgãos responsáveis para obter informações concretas do governo do Estado e debater uma solução viável para o VLT.
“Estou vendo uma estrutura totalmente abandonada parecendo um cemitério de vagões, isso é um desrespeito com a população da baixada cuiabana, o povo já pagou mais de R$ 1 bilhão, não vamos permitir que esse investimento fique aqui largado e abandonado, iremos fazer nosso papel e lutar pelo VLT”, declarou Misael.
Para o vice-prefeito de Várzea Grande cabe ao governo do Estado resgatar essa obra. “Vamos lutar e obedecer ordem judicial e junto com a prefeitura de Cuiabá e governo, batalharemos para achar uma solução para o VLT. Várzea Grande foi mais prejudicada pelas obras inacabas, já que mais de 80% dos comerciantes da Avenida da FEB passam dificuldades financeiras”, pontuou Hazama.
“Não podemos mais aceitar esse dinheiro que já foi pago ficar parado desse jeito, e a população de Várzea Grande morrendo nessas obras inacabadas, vários empresários estão quebrados, a justiça já liberou e o governo do estado tem que tomar uma posição”, afirmou o presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, Fábio Tardin (DEM).
Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia (CREA-MT) é preciso recuperar o patrimônio da população já investido e apurar as irregularidades.
“É importante devolver esse dinheiro gasto aos cofres do estado para dar seqüência nessa obra. Não é possível o governo dizer que não tem recurso e deixar um patrimônio desse parado”, pontuou João Pedro Valente.