Da redação (com informações da assessoria)
Proposta pelo vereador Dr. Xavier, a Audiência Pública conta com a participação de segmentos institucionais civis e públicos da sociedade, principalmente do setor clínico. A proposta do evento é traçar um plano de ações conjuntas, capaz de expandir concretamente o elo assistencial a pessoas acometidas com transtorno mental
O Plenário do Legislativo cuiabano sedia hoje (10), pela manhã, uma Audiência Pública voltada a debater e tratar da Saúde Mental na capital mato-grossense, cidade que registra demandas preocupantes nesse segmento. A iniciativa da audiência é do vereador Dr. Xavier, que já comandou audiências anteriores com enfoque no mesmo tema, o que resultou na gratuidade no sistema de transporte coletivo aos pacientes em tratamento de transtorno mental. Lei que permite agora a continuidade do tratamento àqueles que não tinham condições de bancar o custo do transporte até os Centros de Assistência Psicossocial.
Na análise do vereador Dr. Xavier, engajar a sociedade nesse trabalho é importantíssimo, pois as soluções realmente tomam formato mais rápido quando existe uniformidade e disposição de luta. “As pessoas acometidas com transtorno mental ainda são olhadas de forma discriminatória em determinados setores, o que é lamentável. É preciso assisti-las conforme preceitua os direitos constitucionais da Saúde, expandindo o olhar compreensivo à sua integração social. Por meio desta audiência, passamos a ter clara noção das realidades diferenciadas existentes aqui e em outros lugares, fator dificultador ao alcance das metas de sucesso no tratamento de distúrbios mentais”.
Também se pronunciando, a coordenadora especial da Rede Assistencial de Saúde Mental de Cuiabá, Roseli Batista Costa, observou a necessidade de conscientizar a sociedade, como um todo, para a importância de estabelecer um convívio contumaz com as pessoas acometidas de transtorno mental, iniciativa que a técnica considera de grande relevância.
“O intuito da proposta é mostrar os avanços já obtido quando eles {pacientes} convivem, mais de perto, com alas distintas da sociedade, sem a insensível clausura imposta pelos manicômios. Que, aliás, estão em fase gradual de extinção, por não serem necessariamente o caminho da cura pensada para cada caso relacionado à Saúde Mental. O convívio social estabelece um clima bem mais saudável, e realmente prospecta o alcance dos objetivos médicos e também daqueles que, de forma direta ou indireta, convivem com pacientes, incluindo familiares”.