Redação (com informações da assessoria)
Hoje (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo e tem como intuito conscientizar os danos pelo uso excessivo de tabaco, que já são amplamente divulgados para a população brasileira, como identificado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O órgão evidenciou uma redução de 40% no hábito de fumar no país. Atualmente, a população fumante representa 9,3% dos brasileiros.
Contudo, o número de doenças relacionadas ao uso de tabaco vem aumentando gradativamente, somente em 2019 o Brasil possui estimados 31.270 novos casos de câncer de pulmão. De acordo com o cirurgião torácico da Clínica Oncolog, Marcelo Borges, a maior parte dos casos identificados poderiam ser evitados com a redução do uso de tabaco.
“Conseguimos perceber uma redução do número de pessoas fumando, mas o risco permanece elevado por até 20 anos após a interrupção do uso de tabaco. A taxa de mortalidade é alta porque a maioria dos casos são descobertos em fase bem avançada, o que possibilita apenas um tratamento paliativo e de redução de danos”, afirma.
Para 2020, estima-se mais de 1,7 milhão de óbitos por câncer de pulmão em todo o mundo. Na região Centro-Oeste em 2018, esse tipo de câncer representou para os homens, a primeira causa de óbito e o segundo mais frequente. Os danos ao organismo também são encontrados no uso abusivo de narguilés e cigarros eletrônicos.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM) uma hora de uso de narguilé equivale a nicotina de 100 cigarros. Além disso, o CFM faz alerta para as pessoas que utilizam cigarro eletrônico com o objetivo de parar de fumar, observa-se que o hábito é retornado e não paralisado.
“Com o avanço da tecnologia podemos observar uma reinvenção da indústria vendedora de produtos prejudiciais à saúde em nossa sociedade. Ele aparece de formas consideradas mais sutis, mas que são tão prejudiciais quanto. As pessoas inalam na expectativa que não faz mal e com isso acabam desenvolvendo as mesma patologias relacionadas ao uso de tabaco, é o caso do Narguilé e do cigarro, eletrotrico ”, afirma Marcelo.
Em alusão à data de hoje, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) lança um estudo sobre a epidemia do tabaco no Brasil a partir da pesquisa realizada pela Divisão de Pesquisa Populacional do Instituto. O estudo que tem objetivo de descrever as tendências da taxa de mortalidade de câncer de pulmão de 1980 a 2017, evidenciou que somente em 2017, foram registrados 27.931 óbitos resultantes dessa doença no Brasil.
O tabagismo não só levam pessoas ao câncer de pulmão, mas também a desenvolve outras doenças como infarto do miocárdio, aneurismas, enfisemas pulmonares, pneumonia, entre outras.
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