Botelho chama Taques de “herói” e afirma que não há dinheiro para nada

0
150

Da Redação

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), afirmou que o Governo do Estado não tem dinheiro sequer para as despesas básicas. Em entrevista à rádio Capital, na manhã desta terça-feira (8), o deputado estadual confirmou que receberá na Casa de Leis, nesta tarde, o governador Mauro Mendes (DEM), que apresentará uma série de projetos que serão apreciados pelos parlamentares nos próximos dias.

Botelho comentou o escalonamento de salários anunciado por Mauro Mendes na última passada. Segundo o chefe do Legislativo estadual, não há dinheiro sequer para as despesas obrigatórias do Governo do Estado. Ele ainda destacou que a antiga gestão, comandada pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB), maquiava os dados de arrecadação.

 

“A situação é grave. O Mauro assumiu o Estado com uma arrecadação insuficiente para cobrir as despesas obrigatórias. Não é nem para se fazer investimentos. É repasse aos poderes, municípios, saúde, salários. Para pagar isso, não se tem arrecadação. Vinha tudo sendo maquiado, jogando pra frente”, afirmou.

 

De acordo com o presidente da ALMT, a situação crítica dos cofres públicos era previsível. Ele ainda chegou a comentar que Taques, criticado durante a entrevista por ter feito, segundo ele, uma gestão ruim, teria sido um “herói”, ao conseguir adiar o que chamou de “caos”. Segundo Botelho, o ex-governador tirava dinheiro de fundos e outros locais para suprir o pagamento de despesas como o funcionalismo público.

 

“Chegou nesse caos, numa situação que não se tem dinheiro para pagar salários. Era esperado e a gente já sabia que isso ia acontecer. Acho que o Governo passado foi até um herói, por conseguir levar do jeito que levava, enrolando essa bola de neve. Eu achava que isso ia explodir até antes, no meio do ano”, comentou.

 

Para o deputado, é necessário um debate mais aprofundado sobre a situação fiscal do Estado. Ele endossa o discurso de Mauro Mendes, de que é preciso um esforço na diminuição das despesas e aumento das receitas do Governo, mas destacou que a tarefa é complicada, já que os setores envolvidos não estariam dispostos a colaborar.

 

“A situação hoje não tem mais como empurrar. Não tem como pagar. Precisa agora achar soluções para resolver, senão, daqui a pouco nem o escalonamento dará para pagar. Tem que aumentar a receita e diminuir a despesa, mas é uma discussão complicada, pois quem pode, não quer pagar e os funcionários não aceitam segurar um aumento. É preciso chegar a um consenso. Não é uma brincadeira onde está se fazendo isso porque quer, ou porque quer colocar dinheiro em outro lugar. Não tem dinheiro mesmo”, disse.

**Reportagem de Leonardo Heitor, HN

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui