Bolsonaro ignora julgamento de ação contra ele no TSE e dá mais atenção à Covid-19 nas redes sociais

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Mandato ameaçado?

O Tribunal Superior Eleitoral retoma nesta terça-feira (09) o julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa presidencial eleita em 2018, formada pelo presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão. No total, há oito ações na Corte que tentam anular a eleição presidencial, das quais quatro tratam do suposto uso de notícias falsas (fake news) pela campanha de Bolsonaro. No entanto, o julgamento dessas quatro ações, vistas como ameaças maiores ao presidente, ainda não está marcado. Pelo visto, Jair Bolsonaro não está nem ai e só fala em auxilio emergencial.

Auxílio prorrogado

A troca de farpas entre o presidente Jair Bolsonaro e alguns deputados que defendem o pagamento de mais duas parcelas do auxilio emergencial no valor de R$ 600 cada uma vai de vento em popa. Bolsonaro já adiantou que vai pagar duas parcelas, mas no valor de R$ 300 cada uma. O presidente disse que paga até R$ 1000 por parcela, desde que digam a ele de onde sairá o dinheiro. O pagamento começará no próximo dia 17. Até lá, o disse me disse continua.

Bateu, levou

Bolsonaro voltou a destacar o impacto do auxilio emergencial nas contas públicas. Cada parcela é um pouco mais de R$ 40 bilhões nas contas do governo. Ao seu fiel estilo “bateu, levou”, o presidente ainda disse que o Brasil precisa de um programa para diminuir o salário dos parlamentares pela metade. Grande parte do salário desses parlamentares, segundo ele, será usada para pagar o auxílio. Nenhum parlamentar respondeu às criticas.

Aterrissagem

Longe do fogo cruzado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que o país dará início a uma “aterrissagem” para poder unificar uma série de programas sociais e lançar o Renda Brasil, uma repaginação do Bolsa Família. Guedes considera que a extensão do auxílio emergencial por mais dois meses, em julho e agosto, marcará o período necessário para que haja uma organização do retorno seguro ao trabalho.

Mão na roda

Por falar em trabalho, o crescimento dos pedidos de seguro-desemprego em maio preocupou a equipe econômica do governo Bolsonaro. Eles subiram 53% com recorde de 960 mil, quando comparado com o mesmo período de 2019. Foram registradas 960.258 solicitações no mês, o que representa um recorde na série histórica iniciada em 2000. Até o momento, quase 10 milhões de trabalhadores formais tiveram contratos suspensos ou salários e jornadas reduzidos.​ Ao menos, o seguro-desemprego ajuda a amenizar a  situação de quem já está na corda bamba.

Divergência eleitoral

No início da semana passada, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou aos presidentes dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais que é possível que as eleições precisem ser adiadas para novembro e dezembro. Para Barroso, o adiamento deve ocorrer pelo menor tempo possível, de modo que não seja necessária a prorrogação dos mandatos dos políticos. Se mantido o calendário, o primeiro turno para vereadores e prefeitos deverá ocorrer em 4 de outubro e, no dia 25, o segundo turno para municípios com mais de 200 mil eleitores.

Perdeu a confiança

O presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar da Organização Mundial da Saúde (OMS) após uma representante da entidade ter dito na segunda-feira (8) que há uma raridade de transmissões da covid-19 por pessoas que não apresentam os tradicionais sintomas, como febre e tosse. A mudança de entendimento, na visão de Bolsonaro, mostra que a autoridade sanitária “perdeu a credibilidade” e ela “é uma organização que está titubeando, parece mais um partido político”. O presidente disse que a entidade “não transmite mais confiança para nós”.

 

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