Bolsonaro ensaia privatizar Unidades de Saúde, mas desiste da ideia

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ESTUDO POLÊMICO

Deputados e senadores criticaram o decreto do presidente Jair Bolsonaro que autoriza estudos sobre modelo de privatização das unidas básicas de saúde. Rápida no gatilho, oposição apresentou projetos com o intuito de suspender os efeitos da publicação. Líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que a ação do presidente é um primeiro passo “rumo à privatização da gestão da atenção básico”, algo que, segundo ele, seria “um crime contra o cidadão e seu direito à saúde”. Bolsonaro entendeu o recado e se antecipou em cassar o decreto.

 

PAREDÃO DA OAB

Um dia após dizer que a Constituição deixa o Brasil “ingovernável”, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse que vai enviar “imediatamente” um projeto de decreto legislativo (PDC) para a realização de um plebiscito sobre a elaboração de uma nova Carta Magna. No entanto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota técnica apontando a inconstitucionalidade da proposição. “Não há substrato histórico, jurídico, político ou social para se afastar a Constituição de 1988 no atual contexto brasileiro”, apontou a nota da OAB.

 

GOL CONTRA

O vice-presidente, Hamilton Mourão, engrossou o coro contra as intenções do deputado federal Ricardo Barros. Mourão declarou que, no momento, a posição do governo Jair Bolsonaro não é a mesma do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), que defendeu a realização de um plebiscito para consultar a população sobre o desejo de uma nova Constituição, a exemplo do que ocorreu recentemente no Chile. Na visão de Mourão, discutir essa pauta é o mesmo que marcar um gol contra.

 

SAIDA PELA DIREITA

O presidente Jair Bolsonaro, que vinha se negando a participar da campanha de prefeitos nessas eleições se justificou em suas redes sociais. Segundo ele, até que gostaria de estar participando, mas que não teria dinheiro para bancar a sua segurança já estaria viajando para interesses pessoais e que não poderia usar a estrutura oficial. A desculpa foi dada ao deputado Bruno Engler, candidato à prefeitura de Belo Horizonte (MG), mas que serviu aos demais candidatos Brasil afora.

 

FALOU DEMAIS

Depois de falar demais no programa Conversa com Bial, da Globo, o ex-porta-voz da presidência da República, general da reserva Otávio do Rêgo Barros, exagerou em artigo assinado por ele no Correio Braziliense. Sem citar nomes, Rêgo Barros refere ao presidente como um “imperador imortal” e diz que o poder “inebria, corrompe e destrói”. É lógico que repercutiu em todas as esferas do poder aqui em Brasília. O texto foi considerado por muitos como um puxão de orelhas nos ministros militares que seguem despachando no Palácio do Planalto. Já disse. Só falta agora ele ser obrigado a desdizer!

 

RENASCIDO

O presidente Jair Bolsonaro foi convidado a retornar à cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, para receber uma nova certidão de nascimento. Simbólica, pé claro. O documento seria uma homenagem por conta da facada recebida em 2018, no período eleitoral. Bolsonaro aceitou a homenagem e prometeu ir à cidade mineira no próximo ano. Resta saber se a segurança será particular ou se valerá da escolta da Polícia Federal, que falhou no caso da facada que quase lhe tirou a vida.

 

EFEITO BOLSONARO

As eleições 2020 terão o maior número de militares dos últimos 16 anos aponta dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Quase sete mil candidaturas estão dividias entres membros das Forças Armadas, militares reformados, policiais civis e militares e bombeiros em todo o país. Especialistas apontam que anseio por segurança pública ajudou na popularização, mas um dos fatores de incentivo é a popularidade do capitão Jair Bolsonaro. Tem muita gente querendo pegar carona.

 

AZEDOU

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, encaminhar o caso da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) para o Conselho de Ética. O processo pode levar à cassação da parlamentar, acusada de ser a mandante da morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros na madrugada do dia 16 de setembro de 2019, em Niterói. Por ter imunidade parlamentar, Flordelis não foi presa, mas está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica há vinte dias.

 

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