Bolsonaro diz à ministra Carmem Lúcia que fará nota de R$ 200,00 para economizar papel

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NA LATA

Não adianta. O presidente Jair Bolsonaro jamais deixará de contestar ou de soltar as suas tiras que entram para a história. Ontem a ministra Carmem Lúcia, do STF, deu prazo de 48 horas para que a Casa da Moeda desse explicação sobre a nova nota de R$ 200,00 já que, segundo comentários de bastidores na Suprema Corte, aumentaria a chance de corrupção com dinheiro público. Bolsonaro não segurou a língua e disse que “todo o papel que a Casa da Moeda tinha colocado no mercado foi usado. Para economizar, criou-se a nota de R$ 200”. Enfim, mais um mimimi para esquentar as conversas nas redes sociais.

SEXTA ESTRATÉGICA

Na sexta-feira as atenções da política estarão voltadas ao presidente Jair Bolsonaro, que decidirá sobre o Renda Brasil. Até lá o presidente deverá se reunir com todos os ministros envolvidos para definir qual a proposta que deverá ser enviada ao Congresso. Bolsonaro aposta todas as fichas no incremento do Renda Brasil pois, será fundamental para o seu projeto de reeleição ao Planalto. O programa terá cerca de 8 milhões de pessoas a mais que o Bolsa Família.

TODAS AS CLASSES

Ainda nessa linha de aproximação, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria uma linha de crédito especial destinada aos profissionais liberais que atuem como pessoa física, como advogados, corretores e arquitetos. O valor da operação é limitado a 50% do rendimento anual informado na Declaração de Ajuste Anual de 2019 do trabalhador, no limite máximo de R$ 100 mil. O fundo não contará com qualquer tipo de garantia ou aval por parte da União. É perceptível que o president5e faz política para todas as classes sociais. O desafio é ser bem-sucedido nas agendas que propõe e abrir caminho à reeleição.

TODAS AS FICHAS

Em outra frente que também conta com forte apelo popular, o presidente Bolsonaro assinou a MP que cria o Casa Verde e Amarela, novo programa de habitação do governo federal que substituirá o Minha Casa Minha Vida, dos governos Lula e Dilma. A ideia do novo projeto é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda, regularizar 2 milhões de moradias, renegociar dívidas de beneficiários do MCMV e reformar residências. Bolsonaro tem a caneta e a chave do cofre nas mãos e, certamente, vai concentrar todas as forças nesse momento estratégico para o seu projeto de reeleição.

PEGOU MAL

O ex-senador Vital do Rêgo Filho, do MDB de Alagoas, e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), jogou por terra toda a sua brilhante carreira política ao ser denunciado pela Lava Jato, pois ele teria recebido propinas para que a CPMI não convocasse executivos da construtora OAS para prestar esclarecimentos sobre esquema com a Petrobrás. Então senador, Vital, na época, era presidente da comissão. Certamente, Vitalzinho, como é chamado no meio político aqui em Brasília, está fazendo o pai se virar no túmulo (faleceu em 2010). Antônio Vital do Rêgo, o pai, foi político, escritor, professor e advogado brasileiro da mais alta estirpe.

PEGOU BEM

Quem também é de Alagoas, mas está fazendo bonito é o próximo presidente do STJ, ministro Humberto Martins. Amanhã ele será empossado na presidência do Superior Tribunal de Justiça. O ministro iniciou sua carreira jurídica após concluir os cursos de Direito, em 1979, na Universidade Federal de Alagoas, e de Administração de Empresas, em 1980, no Centro de Estudos Superiores de Maceió. Começou a sua atuação profissional como promotor de Justiça adjunto na comarca de União dos Palmares (AL), cargo que exerceu de 1979 a 1982.​ ​Atual corregedor nacional de Justiça, o ministro Humberto Martins assume a presidência do STJ 14 anos após ingressar no tribunal.

EFEITO MANADA

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm mantido conversas reservadas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de concorrerem à reeleição, em fevereiro de 2021. A movimentação marca uma mudança na postura de Maia, que até então vinha deixando ao colega senador a missão de costurar uma saída jurídica que permita a recondução, hoje autorizada apenas em legislaturas diferentes. Nos bastidores, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes têm ajudado a encontrar uma solução. O desenrolar deverá ficar para o ministro Luiz Fux, que assume em 10 de setembro a missão de pautar o julgamento. Aonde Davi vai, Maia vai atrás.

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