Por Rafael Medeiros
Maikon Douglas Alves dos Santos, conhecido como ‘Sujeirinha’, que se entregou na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), na tarde desta quarta-feira (10), contou que se sente mais seguro preso do que solto. O rapaz faz parte do bando que matou a servidora pública Sandra Regina de Siqueira Travaina, 48 anos, durante tentativa de roubo a mão armada, na segunda-feira (1), quando ela chegava em casa, em Várzea Grande. Agora, a Polícia Civil fecha cerco para checar mais dois envolvidos.
Segundo a delegada Elaine Fernandes da Silva, responsável pelas investigações, o suspeito alegou que teme a própria vida e tinha certeza que, se não se entregasse, iria morrer. O suspeito estava escondido em uma chácara, na região do Pedra 90, em Cuiabá, e depois foi se abrigar em uma propriedade em Santo Antônio do Leverger (a 32 km de Cuiabá).
De acordo com a delegada, o quarto suspeito de participar do latrocínio, já foi identificado, trata-se de Bruno Pereira. Ele seria o piloto de fuga do bando. Bruno teria deixado os três criminosos, envolvidos diretamente na ação, próximo à casa da vítima e depois dado apoio na fuga, usando um veículo Astra. O quinto envolvido (a) seria pessoa do convívio familiar de Sandra, que passou informações privilegiadas para a quadrilha, que por sinal já era especializada em roubos a mão armada.
“Podem ter certeza absoluta que essa pessoa será presa num curto espaço de tempo porque ela é tão bandida quanto os executores. Considero muito mais criminosa essa quebra de confiança, um familiar passar informações privilegiadas que tirou a vida de uma mãe”, disse a delegada ao O Bom da Notícia.
O trio será indiciado por latrocínio consumado e associação criminosa. O quarto envolvido e a parente da vítima, que repassou informações aos ladrões, também serão indiciados.
Latrocínio
Sandra foi abordada em frente a sua casa, no bairro Nova Várzea Grande, pelo trio que tinha certeza que dentro da casa havia joias e dinheiro. Crime ocorreu na madrugada do dia 2 de julho.
André Luiz Gomes, 20, conhecido como “Neguinho”, foi o primeiro a ser preso, um dia após o crime, na cidade de Cáceres (a 212 km de Cuiabá). Policiais da Derf contou com o apoio do Núcleo de Inteligência de Primavera do Leste e assessoramento da Diretoria de Inteligência para chegar até a sua localização.
Os investigadores se deslocaram para Cáceres e o prenderam em flagrante. O suspeito Jordão Rodrigues Neto, que se entregou à polícia terça-feira (9), tem condenação por tráfico de drogas e estava em liberdade (regime semiaberto), sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Levantamento pelos policiais junto à Central de Monitoramento aponta que ele desliga o aparelho no ato dos crimes cometidos.