As oligarquias e o Agronegócio estão sucumbindo politicamente

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Por Lício Malheiros |A história do Brasil propriamente dito tem início, em finas do século XV quando o Tratado de Tordesilhas definiu que toda a área hoje conhecida como Brasil era habitada por tribos seminômades que subsistiam da caça, da pesca, coleta e agricultura.

Um segundo momento da nossa história, é marcada pela chegada dos portugueses com Pedro Alvares Cabral em 22 de abril de 1500; falamos da descoberta dos portugueses, é sabido que diversos grupos étnicos já habitavam o território que veio a se chamar Brasil, muito antes de qualquer europeu descer nele.

A nossa história é marcada pelo termo oligarquia, que é costumeiramente empregado para fazer menções as primeiras décadas do regime republicano, período este, compreendido entre 1894 e 1930, os grandes proprietários de terra utilizavam de sua influência política e econômica para determinar os destinos da nação.

Com a proclamação da República, em 1889, inaugurou-se um novo período na história política do Brasil, o poder político passou a ser controlado pelas oligarquias rurais, principalmente as oligarquias cafeeiras.

Voltando ao século XXI, essa mística tentava prevalecer, porém vem acontecendo à quebra de paradigmas; principalmente na eleição suplementar para o Senado, com a vacância do cargo ao Senado, criado, com a cassação da Selma Arruda.  

Um site renomado da capital vem realizando rodadas de pesquisas eleitorais visando à senatoria em vários cenários, a última rodada aconteceu no dia 7/10/2020, tendo como elemento norteador da mesma, a pesquisa estimulada, em que uma lista de candidatos é apresentada ao eleitor, nela dois nomes continuam se destacando.

Em primeiro lugar aparece   Procurador Mauro (PSOL), com 18% das intenções de votos, e em segundo lugar, Elizeu Nascimento (DC), com 10% das intenções de votos, vale salientar, que esta pesquisa segundo o referido site, foi feita na capital.

O primeiro colocado Procurador Mauro (PSOL); em sua trajetória política, nunca conseguiu eleger-se em nenhuma das 7 tentativas. O mesmo vem tentando esse intento desde 2006, quando concorreu ao cargo de governador; para prefeitura de Cuiabá tentou em (2008, 2012, 2016); Câmara Federal (2014); e Senado Federal (2010, 2018); agora, tenta pela 8ª vez um cargo eletivo.

O segundo colocado Elizeu Nascimento (DC), um emergente com louvor; em 2012 disputou sua primeira eleição para vereador, obtendo 1.261 votos, em 2014 pleiteou as eleições para deputado estadual, obtendo 14.621 votos, conquistando a 1ª suplência, na Assembleia Legislativa,  exerceu por quarenta e três dias o cargo, em 2016, foi eleito o sétimo vereador mais votado em Cuiabá com 4.012 votos. E finalmente em 2018, o mesmo se elegeu deputado estadual, obtendo 21.347 votos, se tornando, o segundo deputado estadual eleito mais votado em Cuiabá para AL/MT. 

Vou fazer um relato muito interessante vivido pelo Elizeu Nascimento em 2012, quando fomos candidatos a vereador por Cuiabá, pelo antigo PMDB, hoje MDB. Nessa eleição aconteceu um fato inusitado, com o agora postulante ao cargo de Senador da República Elizeu Nascimento (DC).

Nessa época, o partido com parcos recursos, em uma das reuniões na qual esperávamos a liberação dos santinhos para que pudéssemos alavancar as nossas campanhas.

Pois,   até  então o partido não havia conseguido entregá-los e o dia da eleição se aproximava; eis que aconteceu um fato interessante,  o Elizeu Nascimento, vindo de um bairro periférico Altos da Serra, como líder comunitário nato, apareceu sorrindo, e nos   mostrou vários  santinhos confeccionados por ele.

Pasmem os senhores, o mesmo havia tirado xerox da sua   foto e do número de campanha em grande escala, e os colou em papel de cartolina recortado a mão, muitos zombaram dele, até porque, em nosso meio existiam alguns “riquinhos”.

Sua resposta veio nas urnas, obtendo uma votação expressiva, enquanto a maioria, obtiveram votação pífia, ali, todos entenderam se tratar de um emergente com potencial exacerbado, com grande chance de chegar ao Senado da República; assim nasce um líder.  

* Professor Lício Antonio Malheiros é geógrafo

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