RINDO À TOA
O presidente Jair Bolsonaro está rindo á toa. Ele alcançou sua melhor avaliação desde o início do mandato, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). A pesquisa aponta que 37% dos brasileiros consideram o atual governo ótimo ou bom (eram 32% no levantamento feito nos dias 23 e 24 de junho. Já o índice dos que consideram sua gestão ruim ou péssima caiu de 44% para 34% no mesmo período. Desta vez, 27% avaliam como regular o atual governo, ante 23% em junho. Já os adversários, é só choradeira.
CAIU NO COLO
A melhora na avaliação de Bolsonaro coincide com o momento em que ele baixou o tom no enfrentamento ao Judiciário e ao Congresso, deixando de participar de atos pró-ditadura e com a constituição de uma base parlamentar em aliança com o Centrão. Também nesse período se intensificou o pagamento de auxílios emergenciais para a população mais pobre e vários setores da economia em razão da pandemia de covid-19.
NO LIMITE
Conversas de bastidores dão conta que o a paciência de Bolsonaro com Paulo Guedes chegou ao limite e a saída dele do ministério da Economia é questão de tempo. Talvez, de um fim de semana. O presidente não gostou nada das declarações que Guedes fez à Imprensa sobre os riscos de o governo furar o teto de gastos. A situação levou o presidente a dizer a assessores mais próximos que chegou ao limite. E foi mais além: “A ideia de furar o teto de gastos existe, qual o problema?”
SINAL AMARELO
Apesar do clima tenso no Planalto, o presidente Bolsonaro sabe que se Paulo Guedes deixar o governo nesse momento causará tumultos no mercado financeiro. No entanto, quem convive mais próximo ao presidente sabe que ele não acredita em crise duradoura. Para Bolsonaro, qualquer crise é passageira. Principalmente, se o provável substituto de Paulo Guedes tiver a benção dos setores produtivos. Até então, o nome mais viável é o do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
SINAL VERMELHO
Quem poderá decidir o destino de Paulo Guedes, além do presidente Jair Bolsonaro, é o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte Suprema aguarda apenas a conclusão de uma investigação sobre participação de Guedes em supostas fraudes em fundos de pensão por meio da gestora da qual ele era sócio antes de assumir o cargo no governo. De qualquer forma, o STF vai levando. Por enquanto Paulo Guedes é beneficiado pela blindagem institucional inerente à posição de ministro de Estado.
HIPANDO
O ex-presidente Lula esteve ontem nos assuntos mais comentados nas redes sociais. Em seu perfil no Twitter, ele recordou o aniversário de Fidel Castro. O ex-ditador cubano completaria 94 anos. O ex-presidente escreveu: “Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana”. Lula ainda acrescentou, “Fidel hoje completaria 94 anos. Ele se foi, mas suas ideias por um mundo mais justo e igualitário permanecem vivas”. Na postagem o ex-presidente acrescentou fotos com Fidel. O ex-ditador morreu em 2016, aos 90 anos. Muitos elogiaram Lula. Outros tantos desceram o sarrafo. Como dizem os internautas, Lula “hipou”.
PORTA DOS FUNDOS
Não é a primeira vez que Lula é criticado nas redes sociais. Em maio o ex-presidente disse em uma live que o coronavírus veio para mostrar a importância do Estado na administração pública. “Ainda bem que a natureza, que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar, que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises”. Depois de levar sarrafo de todos os lados, Lula se desculpou e saiu de fininho pelas portas dos fundos.
A SALVAÇÃO
Com as exportações aquecidas, o agronegócio é um dos únicos setores da economia brasileira que tem conseguido bom desempenho em meio à pandemia do novo coronavírus. Reflexo disso está na soja, item mais exportado pelo País. Agricultores estão antecipando a venda do grão que só vai ser colhido no começo de 2022, um fato inédito. O Brasil se prepara agora para o plantio da safra 2020/21 e, no caso da soja, a colheita está prevista para o início do ano que vem. Isso significa que os agricultores estão antecipando as vendas do produto de uma safra à frente.