Do total de notificações, 80% dos infectados com o vírus estão na faixa etária dos 21 aos 60 anos
Por Joanice de Deus| Mato Grosso já registra mais de 86 mil casos confirmados e 2.688 óbitos em decorrência da Covid-10, doença causada pelo novo coronavírus, conforme o boletim informativo da Secretaria de Saúde, divulgado no fim da tarde de quata-feira (26).
Do total de notificações, 80% dos infectados estão na faixa etária dos 21 aos 60 anos.
Já as pessoas acima dos 61 anos, representam apenas 12% dos casos, percentual que sobe para 80% em se tratando das mortes provocadas pela Covid-19.
Pelo menos 51,33% dos pacientes são do sexo feminino e 57.04% se declararam negros (3,80%) ou pardos (50,24%), além de brancos (22,59%), cor amarela (2,73), indígenas (1,24%) e ignorados (19,40%).
Segundo dados da Secretaria de Saúde, do total de vítimas fatais, 15% são da faixa etária dos 41 a 50%.
Esse percentual sobe para 20% entre os 61 a 70 anos, para 35% entre os 71e 80 e 25% acima dos 80 anos.
Dos 86.704 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 17.409 estão pessoas em monitoramento e 66.627 estão recuperadas.
Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 322 internações em UTIs públicas e 294 em enfermarias públicas.
A taxa de ocupação está em 78,64% para UTIs adulto e em 33,83% para enfermarias adulto.
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19, estão: Cuiabá (17.596), Várzea Grande (6.760), Rondonópolis (6.069), Lucas do Rio Verde (4.359), Sorriso (4.153), Tangará da Serra (3.775), Sinop (3.323), Primavera do Leste (2.675), Nova Mutum (1.856) e Campo Novo do Parecis (1.765).
MONITORAMENTO – Em Cuiabá, as equipes da atenção básica, supervisionados pela Vigilância Epidemiológica, farão o monitoramento de pessoas que estiveram em contato próximo a um caso confirmado de Covid-19 durante o seu período de transmissibilidade.
Ou seja, entre dois dias antes e dez dias após a data de início dos sinais e/ou sintomas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, para os locais onde já se observa uma queda no número de infectados, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que se faça o monitoramento de contatos próximos.
Esta medida visa a diminuir a propagação da doença a partir da identificação de novas infecções resultantes da exposição a um caso conhecido, possibilitando o isolamento de novos casos e a prevenção do surgimento de uma próxima geração de infecções a partir de um caso.
Segundo a SMS, é considerado contato próximo a pessoa que esteve a menos de um metro de distância, por um período mínimo de 15 minutos, com um caso confirmado; que teve um contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos) com um caso confirmado; o profissional de saúde que prestou assistência em saúde ao caso da doença sem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), conforme preconizado ou com EPIs danificados; e também o contato domiciliar ou residente na mesma casa/ambiente (dormitórios, creche, alojamento, dentre outros) de um infectado.
Após serem identificados, os contatos serão monitorados diariamente por telefone quanto ao aparecimento de sinais e sintomas compatíveis da doença por um período de até 14 dias após a data do último contato com o caso confirmado da doença, permanecendo em isolamento durante todo o período.
Aqueles que desenvolverem sinais ou sintomas sugestivos de Covid-19 (sintomáticos) durante o período de monitoramento, serão considerados como casos suspeitos de Covid-19, sendo orientados a procurar um serviço de saúde mais próximo, para avaliação clínica e realização de testagem. Também serão orientados a realizar o isolamento social.
A gerente da Vigilância Epidemiológica, Flavia Guimarães, explicou que este é um trabalho que já foi realizado pela Vigilância logo no início da pandemia, quando o número de casos não era tão grande e era possível fazer esse monitoramento.
“Com o aumento substancial dos casos ao longo dos meses, essa prática se tornou inviável. Agora, que o número de infectados vem caindo, voltaremos a fazer o monitoramento, para tentarmos evitar que o vírus volte a ser propagado”, disse.
Fonte: Diário de Cuiabá