Vereador cobra respostas sobre Abandono do Parque Tia Nair e pede fim de contrato da empresa que detém a Concessão
Marcrean afirma que os preços praticados no local são abusivos e por isso, a diversão não contempla a comunidade de baixa renda
Cumprindo o dever de fiscalizador dos serviços públicos da capital, o vereador por Cuiabá Marcrean Santos (PRTB) cobrou respostas ao poder público sobre o abandono do Parque Municipal Tia Nair e comunicou que encaminhará à Câmara Municipal dos Vereadores documentos solicitando à prefeitura de Cuiabá o fim da concessão à empresa ZF Comunicação. A empresa, detém o direito de explorar eventos dentro do espaço do parque municipal Tia Nair pelo período de 20 anos.
Em vídeo, o parlamentar relata falta de respeito com a população devido às péssimas condições nos equipamentos de ginásticas, no parque infantil, pista de caminhadas e nas placas de sinalização.
Segundo ele, em todos estes locais existem peças quebradas e ou extremamente danificadas.
“Recebemos diversas denúncias sobre a empresa que possui a concessão do Parque Tia Nair e chegando aqui constatamos o abandono total do local. Como fiscalizador e frequentador do espaço afirmo que o que encontramos aqui é um total desrespeito com a população. Muitos equipamentos de ginásticas quebrados, o parque das crianças todo danificado, pista sujas e com fezes de animais. Além disso, detectamos banheiros e bebedouros quebrados e a estrema sensação de falta de segurança, pois o local só possui um funcionário para cuidar de toda a área”, frisou.
Marcrean afirma que os preços praticados no local tanto nos brinquedos quanto na alimentação são abusivos e por isso, explora ou exclui a população de baixa renda. “É um absurdo, os pedalinhos custam R$ 25 por 20 minutos, uma garrafa de água R$4, um cachorro quente pode chegar a R$ 20, a tirolesa R$50 isso é um abuso, uma exploração com a população de baixa renda que gostaria de frequentar esse parque natural lindo, mas tem que escolher entre trazer seus filhos e não comer e não brincar em nada, ou simplesmente não frequentar o local”, completou.
Frente aos fatos, o parlamentar conclui dizendo que trabalhará na mobilização dos vereadores para solicitar o fim da concessão à empresa ZF Comunicação e devolver a administração do Tia Nair à prefeitura de Cuiabá. “Confio na sensibilidade do nosso prefeito Emanuel Pinheiro para reincidir o contrato com empresa que hoje possui a concessão e devolvermos a administração do Tia Nair à prefeitura que tem administrado tão bem os demais parques da cidade. O Estopa tem sido exemplo, no cuidado com o Parque das Águas e de outros que além da segurança, vem proporcionando verdadeiros espaços de lazer para a população cuiabana. Peço apoio de todos os vereadores para darmos fim a essa concessão. Porque da forma que está o Tia Nair é uma afronta, uma verdadeira falta de humanização com as pessoas que frequentam o local e, enquanto legítimo fiscalizador de Cuiabá, não vou me calar frente à essa situação”, concluiu Marcrean Santos.
SAIBA MAIS SOBRE A CONCESSÃO DO TIA NAIR
Entregue à população em dezembro de 2015, o parque Tia Nair
localizado no bairro Jardim Itália, conta com 20 hectares de área
aberta à população. A Gestão Mauro Mendes concedeu à empresa ZF
Comunicação o direito de explorar eventos dentro do espaço do parque
municipal Tia Nair pelo período de 20 anos. O extrato do contrato de
concessão foi publicado na edição do Diário Oficial de Contas no dia
20 de janeiro de 2016.
À época, tanto a empresa quanto a Prefeitura asseguram que a
concorrência pública para a concessão atendeu ao processo legal e que
ela não significava a “privatização” do parque municipal.
O direito de explorar a área atende ao modelo de concessão onerosa,
segundo o qual a empresa terá de depositar o valor de R$ 2.400,00
mensalmente para a Prefeitura. Ou seja, conforme esta modalidade, a
administração pública não efetua qualquer tipo de pagamento à
empresa, restando a ela o dever de administrar o local e o direito de
explorá-lo comercialmente (para serviço de entretenimento,
merchandising e alimentação), mas sem interferir no direito da
população de usufruir do espaço.
Créditos: Júlia Oliveira
Foto: Fernando Viana
Já era de se esperar! Não existe gestão para parques ,praças, orla do porto e muito mais. O que está sendo feito é paliativo visando as urnas. É responsabilidade dos vereadores a iniciativa de cobrar e fiscalizar. O engodo dos trezentos anos é só para impressionar o cidadão. Serviços públicos que são obrigatórios para qualquer gestor. Deveria ser de praxe, mas a educação não atentou para isso. O Gestor deve agir como um usuário dos benefícios ofertados pela cidade em pró do cidadão comum. Tristeza! Até quando? Recado para o vereador Abílio Brunini, que é arquiteto urbanista e foi eleito para cuidar e fiscalizar essas ações do poder público.
Boa tarde! Falta gestão! Isso é muito claro!