Anvisa vai monitorar até 8,5 mil passageiros que vêm da Itália ao Brasil

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Foto: Google

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai monitorar, nos próximos dias, até 8,5 mil passageiros que podem desembarcar no Brasil de voos originários da Itália. Levantamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) realizado a pedido do UOL mostra que, nos próximos sete dias, os aeroportos brasileiros receberão 31 voos diretos da Itália — país que se tornou principal foco do novo coronavírus na Europa, com 400 casos confirmados e 12 mortos até esta quarta.

O cálculo do número de passageiros tem como base a quantidade de acentos disponíveis em cada voo. As empresas aéreas, por questões estratégicas, não divulgam o número de bilhetes vendidos nos trechos. No ano passado, o Brasil recebeu 354,6 mil passageiros que vieram da Itália, segundo dados da Anac. O Ministério da Saúde confirmou na manhã de hoje o primeiro caso confirmado do covid-19 no país: um homem de 61 anos que viajou para a Lombardia, no norte da Itália, e passou por exames no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A região, que engloba a capital Milão, é considerada a mais crítica em relação ao novo coronavírus e já registrou 258 casos da doença. Ao todo, nove regiões do país foram afetadas. Até o momento, o Brasil tem 20 casos suspeitos do novo coronavírus — ao menos 12 deles são pessoas que vieram da Itália.

Desde a confirmação do primeiro caso do covid-19 no Brasil, a Anvisa aumentou a intensidade no monitoramento dos voos internacionais que têm como origem países onde há casos da doença. Na segunda-feira (24), o ministério da Saúde dobrou o número de países que estão na lista de alerta para o novo coronavírus. Itália, Alemanha, França, Austrália, Filipinas, Malásia, Irã e Emirados Árabes entraram na lista do governo federal para monitoramento. No caso específico do voo que trouxe o brasileiro infectado, a agência solicitou à empresa aérea a lista de passageiros; esse documento será entregue ao Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) para investigação de outras possíveis contaminações. A Anvisa também estabeleceu orientações às companhias aéreas e aos funcionários dos aeroportos no caso da detecção de algum caso suspeito. De acordo com a agência, cabe ao comandante do voo comunicar à autoridade sanitária se há alguma suspeita de contaminação entre os passageiros. “Também é responsabilidade do comandante a adoção de medidas para isolar a pessoa dos demais viajantes”, diz a Anvisa em nota.

Por Alex Tajra

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