Cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas ainda no exercício da função de Senadora, a juíza aposentada Selma Arruda (PODE) voltou a criticar a agilidade da corte em agendar a eleição suplementar para o mês de abril e defendeu que o pleito aconteça junto com as eleições municipais em outubro.
Para a Senadora, que deve ter seu destino definido após o feriado de Carnaval, a eleição suplementar junto com as municipais iria trazer economia aos cofres públicos e não atropelaria o seu direito de defesa, que ainda não foi exercido no Senado. “Houve uma falha no TSE, porque nesta fase que eu estou enfrentando no Senado é prevista na Constituição Federal. E o TSE estava com tanta pressa de me condenar e me tirar de lá que simplesmente esqueceu o que a Constituição disse. Não sei se vão fazer a eleição antes de eu me defender, se vão esperar pelo menos que esta defesa aconteça”, disse a parlamentar cassada em entrevista ao programa 3 em 1, da Rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (24). “Acho que esta eleição poderia se realizar em outubro, ainda que eu não permaneça no cargo, por economia de dinheiro público. Existe a previsão legal para que o Estado fique sem um senador por até 15 meses. O estado não fica mutilado com um senador a menos. O senador não é um governador e sim apenas um senador. Isso poderia ser deixado para outubro, mas parece que existe uma pré-disposição proposital em que as coisas tem uma aceleração a cima do normal no meu caso”, afirmou.
O próprio STF já decidiu que o terceiro lugar nas eleições de 2018, Carlos Favaro (PSD) seja empossado interinamente até que um novo senador seja eleito com a disputa suplementar.
O desembargador Gilberto Giraldelli, presidente do TRE já afirmou que a senadora corre risco de ter que arcar com os custos da eleição suplementar. A medida, porém, depende de uma nova ação da Advocacia Geral da União (AGU). A previsão é que ocorra gasto no montante de R$ 10 milhões.
Por Carlos Gustavo Dorileo