Acusada de embriaguez e de omissão de socorro, médica não teria cometido infração ética

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Mesmo após a médica Letícia Bortolini ter atropelado e matado o verdureiro Francisco Lucio Maia, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) emitiu nota neste domingo (6) afirmando que a profissional não praticou nenhuma falta ética, e por isso poderá exercer a Medicina normalmente.

Letícia não só atropelou o trabalhador, mas também fugiu do local sem prestar socorro médico, sem acionar o Samu, deixando que o homem ferido e abandonado na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, no dia 14 de abril de 2018.

O parecer da assessoria jurídica do CRM-MT afirma que a médica não cometeu nenhum tipo de infração ao Código de Ética Médica. A constatação foi acatada pelo conselheiro instrutor, nomeado pelo CRM-MT para ser o responsável pela instrução do processo, e será levada à sessão de julgamento por parte da entidade.

Além disso, a assessoria jurídica do CRM-MT afirmou ao conselheiro instrutor que a entidade não possui competência para analisar os fatos apresentados na denúncia contra o profissional.

“Acato, por seus próprios fundamentos o parecer emitido pela Assessoria Jurídica do CRM-MT nas FLs 479 a 482, onde opina pelo acolhimento da preliminar de inexistência de infração ética e incompetência do CRM-MT”, afirmou o conselheiro, em despacho assinado no último dia 25.

Na esfera criminal, a médica responde a uma ação penal, em fase de instrução. A oitiva de Letícia foi suspensa, por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri, que acolheu um pedido da defesa da profissional. O depoimento da médica só ocorrerá após o advogado dela ter acesso a todos os laudos, imagens e fotografias feitas pela perícia, inclusive aquelas não utilizadas no inquérito.

ENTENDA O CASO

Em setembro do ano passado, o magistrado aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) contra Letícia e, ela se tornou ré pelos crimes de homicídio doloso, omissão de socorro e embriaguez ao volante.

Segundo a denúncia do MPE, assinada pelo promotor de Justiça Vinicius Gahyva, horas antes do acidente, Letícia e seu esposo estavam em um evento open bar e, mesmo tenho ingerido bebida alcoólica, a médica assumiu a condução do veículo do casal, um Jeep.

Ao trafegar pela Avenida Miguel Sutil, ainda segundo o MPE, a acusada chegou a atingir a velocidade de 103 km/h, sendo o limite para via é de 60 km/h. Ela atropelou a vítima que, devido ao impacto, foi arremessado por alguns metros à frente, batendo em um poste de concreto.

Fonte: O Bom da Notícia

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