A gasolina, o etanol, o gás de cozinha, os remédios, os planos de saúde, a energia, os impostos, tudo está aumentando, inclusive a incompetência e a corrupção na administração pública em todos os níveis, regiões e setores.
Os caminhoneiros fizeram greve que parou o país e trouxe sérios reflexos de ordem econômica, social e humana, o desabastecimento prejudicou o país inteiro; o governo concedeu, de joelhos, tudo o que queriam os grevistas exigiam, inclusive, baixou o preço do óleo diesel que vai, na verdade, beneficiar não só os caminheiros autônomos, mas muito mais os grandes grupos de transportes de cargas, transporte urbano, intermunicipal, verdadeiras mafias qu e alimentam e são alimentadas pela corrupção e o povao mesmo sofrendo, sendo explorado pelos especuladores e alta dos preços ainda está batendo palmas! muito masoquismo!
Quem paga a conta disto tudo, inclusive das benesses concedidas pelos nossos governantes aos grandes grupos economicos, atraves de renuncia fiscal bilionária e juros subsidiados, que totalizam mais de R$450,0 bilhões por ano é o povão e a classe média, na forma de cortes de recursos orçamentários do SUS, do bolsa familia, da reforma agrária, do combate à violencia contra a mulher, da segurança pública e outros setores, arrocho salarial e, também dos subsidios para a PETROBRÁS, destruida pela corrupção e incúria de nossos governantes de plantao, incluindo no momento a garantia lucros oriundos de preços escorchantes dos combustíveis.
Por que não se consegue mobilizar a população inteira contra esta carga tributária, que é uma verdadeira extorsão?
Por que não se consegue mobilizar a população inteira contra esta carga tributária, que é uma verdadeira extorsão? Uma das causas da greve dos caminhoneiros? por que o povo não sai mais `a rua para pedir FORA TEMER, FORA CORRUPTOS, como fez quando do “FORA DILMA, FORA LULA, FORA PT?”.
A carga tributária atual, que vem crescendo desde o governo FHC, ja beira 40% do PIB e, pelo seu caráter regressivo, penaliza o consumo e, de forma mais cruel os pobres e a classe média. A classe média, os trabalhadores, os micro, pequenos e médios empresários trabalham cinco meses por ano, de janeiro a maio, apenas para pagar impostos, taxas e contribuições que são destinados em mais de 50% somente para financiar o deficit, os juros e encargos da divida dos governos federal, estaduais e municipais e pelo menos mais 30% para custeio da máquina publica, além de uma boa fatia roubadas pela corrupção que tomou conta das instituicoes publicas e meio empresarial, razão pela qual pouco ou nada sobra para investimentos ou finaciamento das politicas públicas, gerando um caos em todos os serviços publicos, penalizando, mais uma vez o povão, os trabalhadores ou, enfim, quem necessita de saúde, educação, transportes e seguranca púbica.
Estamos vivendo tempos estranhos em nosso Brasil, quando pseudo democratas estão flertando com pré-candidatos de extrema direita, que são, na verdade, simpatizantes do NAZI-FACISMO e suas formas nefastas de ação.
O futuro de nosso pais pode ser pior do que o presente, a depender dos pré-candidatos que até agora não apresentaram propostas de como sair desta crise, faltam propostas para a área econômica, para resgatar a saúde, a educação, a segurança pública e demais setores que estão sucateados, como sair da armadilha do endividamento público (a dívida publica interna até final de abril já era de R$ 3,659 trilhões de reais e a divida externa atingiu US$134,1 bilhões de dolares,que ao câmbio dos ultimos dias representam mais R$505,9 bilhões de reais).
Só de juros, encargos e uma pequena parcela de pagamento desta divida publica praticamente impagável, são gastos quase 50% do Orçamento Geral da União, ou seja, quase um trilhão de reais a cada no e continua aumentando diariamente.
Os pré candidatos também não conseguem apresentar propostas para uma verdadeira reforma do estado/administração pública, propostas para uma justica mais ágil, uma justiça fiscal que distribua a carga tributária de forma mais equitativa e reduza os privilegios dos grandes grupos econômicos, para o meio ambiente, propostas para reduzir as desigualdades sociais, desigualdades regionais e setoriais, propostas para as áreas da ciência, tecnologia e da educação, enfim, um plano de desenvolvimento estratégico, de médio e longo prazos para o Brasil, devidamente articulado com planos estaduais e municipais, evitando esta mixórdia que é a gestão pública em nosso pais.
Falta aos candidatos uma visão de future, muito além das próximas eleicoes que balizem o rumo do país para os proximos dez ou 20 anos e não um conjunto de ideias simplistas e improvisadas, que são apresentadas aos eleitores com a única finalidade de pedir votos e depois virar as costas para o povo e o país, buscando seus interesses ou de grupos econômicos que vivem assaltando os cofres públicos em benefícios próprios, sacrificando ainda mais a população.
Enfim, os partidos políticos, os pré-candidatos e a grande midia continuam enganando a população e mistificando o povo brasileiro, com meias verdades, mentiras, falsas promessas e muita demagogia, enfim, contribuindo, em muito, para aumentar a alienação e o desespero de uma população pacata, alienada e sofrida!
Quando vamos acordar desta letargia? Afinal, não é dito e está escrito na Consituição Federal de 1.988 que em seu artigo primeiro, parágrafo único estabelece “todo o poder emana do povo que o exerce através de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” ? ou então que democracia “É o governo do povo, para o povo e pelo povo”? Será que isto é realmente verdadeiro ou apenas letra morta, para “ingles ver”?
Vale a pena refletirmos sobre tudo isso e agirmos, lutarmos para construir um país decente, com justiça social, sem miséria, sem exclusão, sem pobreza e igualdade de oportunidade para todos, principalmente para quem vive ou sobrevive em condiçõees sub-humanas, sem a mínima dignidade enquanto uns poucos, incluindo os marajás da república vivem nababescamente `as custas do dinheiro público, mamatas e dos privilégios criados nas entranhas do poder, tão ávidamente disputado pelos eternos oportunistas de plantão, a maioria dos quais figurinhas carimbadas e já bem manjadas, inclusive um grande numero de fichas sujas, que já deveriam ter sido fisgados pela LAVA JATO e outras operações do gênero.
Só assim podemos falar em “estado democrático de direito” e em país desenvolvido econômica, social, politica e ambientalmente. Sem isso, tudo, inclusive as eleições de outubro próximo, não passam de um grande “blá, blá, blá” e muita enganação!
JUACY DA SILVA é professor universitário