Rafael Medeiros Da Redação
A Prefeitura de Cuiabá e de Várzea Grande estimam que dentro de 30 dias, vão regulamentar o transporte privado de passageiros por aplicativos, Uber,e 99 POP os que atuam hoje na Baixada Cuiabana.
A regulamentação será feita com base na lei sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB). Os motoristas de aplicativos mostram-se preocupados.
Já os taxistas comemoram a lei, para eles um dos pontos positivos é que os municípios estão autorizados a cobrar tributos ou das empresas ou dos usuários dos aplicativos.
Desde que os aplicativos chegaram ao Brasil, taxistas reclamam de prejuízos e disputa ilegal de mercado.
Outra exigência legal agora é que para atuar via aplicativo o motorista terá que fazer curso de capacitação, inclusive sobre história de Mato Grosso.
Agora, o conselho vai ter que aprovar também a tabela das empresas privadas.
“A bem da verdade é que estes aplicativos vieram fazer uma baderna na cidade, teve aquela febre e agora não vão mais compensar”. Comenta ao Jornal do Ônibus, Vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso Adailton Lutz Leite.
De acordo com Adailton, São 604 taxistas na Grande Cuiabá e no Estado 2,3 mil. Eles atuavam absolutos até novembro de 2016, quando o setor foi “invadido” por motoristas de aplicativos.
Para se ter ideia, os ubers que estão rodando na Capital já são em torno de três mil. Este é um dos reflexos do desemprego que atraiu muita gente para a atividade.
Waldiney Inacio Campos, 30 anos, é Cuiabano e deixou de lado a serviço de vendas e passou a “rodar” pela cidade, como única fonte de renda. Ele confirma que, depois de alguns meses de bons ganhos, o movimento caiu.
“Talvez pelo número de motoristas que se cadastraram .. Uma das nossas preocupações é com o imposto que vamos ter que pagar, com as novas regras, trabalhar de Uber não vai compensar mais’’ aponta o jovem.
Em Nota
Tanto a Uber quanto a 99 POP garantiram que não há motivo de alarde com a lei dos aplicativos e que em cidades onde os serviços já estão regulamentados, como Brasília e Campinas, as gestões municipais estabeleceram um valor recolhido a cada viagem, que tem sido considerado como um “imposto” e repassado aos cofres municipais. Para a Uber, a nova lei não compromete a atividade. “Durante a discussão da nova lei no Congresso foram afastadas restrições que inviabilizariam o modelo”, pontua, por meio de nota.
A lei não obriga as placas vermelhas, iguais às dos táxis, não exige autorização prévia municipal para o funcionamento, não limita número de carros por município e também não restringe o número de motoristas por veículo.
Eu já fui taxista e é lamentável que o.sindicato aqui em Cuiabá é apenas um cabide eleitoral.
Não atua em favor do taxista em nada, quando eles convocam para alguma reunião é só para apresentar um candidato político que.vai beneficiar apenas os que estão no comando.
Hoje sou motorista de aplicativo e sou a favor de regulamentacão e mesmo assim ainda será vantajoso.